O Brasil perdeu 118.776 vagas formais de emprego em março, informou na última sexta-feira, o Ministério do Trabalho e Previdência Social. Este é o pior resultado para o mês desde 1992, quando começou a série histórica.
O resultado divulgado na tarde da última sexta-feira ficou dentro das estimativas de analistas do mercado financeiro, mas bem acima da mediana. Pelo levantamento, o volume de empregos fechados em março seria de 167.789 a 65 mil vagas. Com isso, a mediana ficou em 95 mil postos.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de março são fruto de 1.374.485 contratações e 1.493.261 demissões no período. No primeiro trimestre deste ano, o saldo de postos fechados é de 319.150, com ajuste, ou seja, incluindo informações passadas pelas empresas fora do prazo. No acumulado dos últimos 12 meses, o País encerrou o mês de março sem 1.853.076 vagas, com ajuste.
Ainda de acordo com os dados do Caged, o setor de comércio foi o que mais eliminou vagas formais de emprego em março, sendo responsável pelo fechamento de 41.978 postos no mês passado. O número é resultado de 331.518 admissões e 373.496 desligamentos no período observado.
Além disso, praticamente empatados na segunda posição de setor que mais fechou postos com carteira assinada em março ficaram a indústria da transformação e a construção civil. No primeiro segmento, houve perdas de 24.856 vagas e, no segundo, de 24.184. No caso de serviços, houve 18.654 desligamentos e, no de agricultura, 12 131.
Mais uma vez, em meio a tantos fechamentos de postos, a administração pública foi a única a ter saldo positivo, com a criação de 4.335 vagas; o setor extrativo mineral teve menos 964 vagas e os serviços industriais de utilidade pública diminuíram 344 postos.
Fevereiro
Segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), as demissões já haviam superado as contratações em mais de 104 mil vagas de empregos. O resultado foi o pior para o mês de fevereiro desde o início da série histórica, em 1992.
Também com exceção da administração pública, que contratou 8.583 pessoas, quase todos os setores tiveram redução de vagas em fevereiro. O setor de comércio liderou o fechamento de vagas com carteira assinada, com 55.520 demissões. Em seguida vieram a indústria de transformação (26.187), construção civil (17.152), o setor de serviços (9.189), a agricultura, com menos 3.661 vagas formais e a indústria extrativa mineral, a qual demitiu um total de 390 empregados.
Veículo: Jornal DCI