De acordo com dados divulgados ontem (5) pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), no resultado de abril, o indicador de médias móveis trimestrais (a comparação entre os três meses encerrados em abril com os três encerrados em fevereiro) acusou alta de 1,5%, a sexta consecutiva.
Na avaliação da FGV, pode ser uma acomodação no ritmo de queda do pessoal ocupado na economia ao longo dos próximos meses.
A alta de abril foi influenciada pelo quesito da Sondagem da Indústria, que chegou a variar no período 10,8%.
Os dados de abril sobre o Indicador Antecedente de Desemprego indicam, também, que o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) apresentou queda em abril, ao variar -1,9%, atingindo 95,6 pontos. É o quarto recuo consecutivo do indicador, que alcançou o menor nível desde setembro de 2015 (92,6 pontos).
"A tendência do ICD sinaliza um arrefecimento da evolução negativa da taxa de desemprego", analisa a FGV. Ainda em relação ao ICD, as classes que mais contribuíram para a queda do indicador foram as dos consumidores com renda mensal entre R$ 4.800 e R$ 9.600, cujo indicador de percepção de facilidade de se conseguir emprego (invertido) variou -4,3%, Ao mesmo tempo, o ICD com renda entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil, variou -3,7%.
"Esses movimentos evidenciam que, embora o mercado de trabalho deva continuar se deteriorando nos próximos meses, o ritmo da piora está desacelerando", afirmou o economista da FGV Fernando de Holanda Barbosa Filho.
Inflação por renda
A FGV também divulgou ontem (05) o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos. A inflação chegou a 0,69% em abril, taxa acima de março (0,44%). O percentual está acima do registrado pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), que mede a inflação para todas as faixas de renda e que ficou em 0,49% em abril.
A alta da taxa do IPC-C1 foi provocada por avanços em quatro classes de despesa: item saúde e cuidados pessoais (de 0,36% em março para 3,49% em abril), transportes (0,19% para 1,12%), vestuário (0,37% para 0,82%) e educação, leitura e recreação (de 0,42% para 0,52%).
Veículo: Jornal DCI