Saraiva terá R$ 140 milhões do BNDES para expandir lojas e catálogo de livros

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Um ano após adquirir a rede de livrarias Siciliano, a Saraiva assina neste mês contrato de R$ 140 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para expansão e reforma da rede e aumento do catálogo da editora. Cerca de 40% dos recursos serão depositados ainda neste mês e o restante durante 2009 e 2010. É o maior financiamento da Saraiva obtido junto ao banco de fomento, que há três anos emprestou R$ 54 milhões. "Dos R$ 140 milhões, metade é para a editora e a outra parte para a livraria. É um empréstimo de longo prazo", disse Marcílio D´Amico Pousada, presidente da Saraiva, cuja receita em 2008 ultrapassou a casa do bilhão.

 

No fim de novembro, foi concluída a compra da Siciliano no que diz respeito às questões contábil, fiscal e de logística, faltando apenas a reestruturação das livrarias com a bandeira Siciliano. Desde 1º de dezembro a empresa de varejo do grupo passou a denominar-se Saraiva e Siciliano SA.

 

Neste ano, o grupo planeja investir R$ 43 milhões. Desse montante, R$ 8 milhões vão para a abertura de quatro unidades, R$ 20 milhões para a reforma de 30 lojas que têm a bandeira Siciliano e passarão a estampar o logo da Saraiva e outros R$ 5 milhões serão destinados às áreas de tecnologia e logística da rede. A editora receber cerca de R$ 10 milhões em 2009.

 

A Saraiva fechou o ano passado com faturamento consolidado de R$ 1,1 bilhão, o que representa um crescimento de 48% sobre o desempenho de 2007. O lucro líquido anual avançou 3,1%, somando R$ 72 milhões. No quarto trimestre, o lucro líquido atingiu R$ 40,6 milhões contra R$ 33,5 milhões do mesmo período de 2007.

 

O resultado consolidado da Saraiva não foi ainda maior devido ao desempenho das livrarias Siciliano. No quatro trimestre de 2008, o lucro líquido da área de varejo foi de R$ 3,6 milhões, uma redução de 42,6% em relação a igual período de 2007. As despesas operacionais foram de R$ 70 milhões, praticamente o dobro do valor apurado entre setembro e dezembro. "Essas despesas são resultantes principalmente da Siciliano, que ainda não tem uma receita tão boa, além de um provisionamento contábil de cerca de R$ 1 milhão", disse João Luis Hopp, diretor de Relações Institucionais e financeiro do grupo Saraiva.

 

Até o momento, sete lojas Siciliano já foram reformadas e tiveram suas bandeiras trocadas. "Com a reforma, os pontos-de-venda que antes eram Siciliano agora têm várias outras áreas. Com isso, houve crescimento de mais de 100% nas vendas", disse Pousada. Hoje, o grupo tem 97 lojas, sendo 40 Saraiva e 57 Siciliano.

 

Nas lojas da Saraiva, o crescimento foi de 8,7% no último trimestre, considerando unidades comparáveis. No mesmo período de 2007 a alta havia sido de 16,5%. "Com a crise, houve uma queda nas vendas de produtos de informática. Em contrapartida, houve aumento de itens de menor valor agregado. Além disso, não é possível crescer constantemente em patamares tão altos", afirmou Hopp.

 

A Editora Saraiva fechou o ano com receita bruta de R$ 352 milhões, sendo R$ 210 milhões vendidos no mercado privado e o restante para o governo. "A editora fechou em 2008 um dos seus melhores contratos com o governo", lembra José Luiz Próspero, presidente da editora Saraiva.

 

Veículo: Valor Econômico


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