Cena latino-americana muda o e-commerce

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A recessão no Brasil, as eleições na Argentina e a chegada da Amazon no México mudaram, ano passado, o cenário do e-commerce na América Latina. Agora, os três países mais representativos da região preveem movimentar, nas vendas on-line, cerca de US$ 30 bilhões ao ano em 2020

"A instabilidade econômica brasileira atenuou o crescimento do comércio eletrônico no País, a eleição de Mauricio Macri na Argentina, que aumentou as esperanças de mudanças regulatórias favoráveis, e a chegada da maior varejista virtual do mundo ao México trouxeram o status de o mercado que mais cresce para a região", dizia o levantamento da Forrester.

Segundo o levantamento, em 2015, os três países juntos movimentaram US$ 20,8 bilhões. Vale lembrar que as vendas on-line do mercado brasileiro representam, atualmente, mais que o dobro das do México e Argentina juntos. "Apesar da economia [e dos problemas políticos], o varejo on-line continua a crescer e o mercado mostra sinais de maturidade", detalhava o relatório. Segundo o estudo, o diferencial do mercado brasileiro é que os compradores on-line pertencem a todas as classes sociais "E compram das mais diversas categorias, sendo a de roupas e calçados a com maior fatia", informa o levantamento. Outro detalhe apontado é que a situação atual de crise deverá passar nos próximos anos, e sairá à frente as empresas do ramo virtual que melhor se prepararem para a retomada da economia brasileira. A previsão também é que grupos internacionais, que ainda não atuem no varejo brasileiro, o façam por meio da internet nos próximos anos.

Argentina e México


As fortes restrições de importação promulgadas em 2012 fizeram com que a importação de produtos na Argentina ficasse extremamente cara e manteve investimentos estrangeiros no mercado na baía. "O governo recém-eleito parece estar trabalhando para diminuir essas restrições - embora pouco tenha mudado até agora", detalhava o estudo. Outra constatação da Forrester é que os varejistas tradicionais locais estão impulsionando o crescimento do e-commerce e "cada vez mais adicionam capacidades omnichannel para consumidores".

Apesar de ser um mercado significativamente menor do que outros, o varejo on-line do México também mostra potencial de crescimento no longo prazo. "Com a penetração de smartphones crescente na classe média, o país está chamando atenção de varejistas on-line globais, mas compradores on-line principiantes significa que varejistas terão de conscientizar consumidores com questões como segurança de suas informações pessoais, transporte e políticas de devolução", detalhava o estudo.

Para o México, a previsão da consultoria é que as vendas virtuais saltem até cinco vezes em quatro anos, resultado de um período de avanço da economia local e maior interesse das varejistas em operar em solo mexicano.

 



Veículo: Jornal DCI


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