Desemprego fica estável no ABCD após quatro altas consecutivas

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A taxa de desemprego nos municípios do ABC permaneceu em relativa estabilidade em abril, após registrar quatro aumentos consecutivos, passando de 16,7%, em março para os atuais 16,6%.

Na análise por setores, o destaque ficou com os Serviços, com geração de 23 mil postos de trabalho. Os números constam da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese, em parceria com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC, apresentada na semana passada na sede da entidade regional.

"Apesar da estabilidade em relação a março, é prematuro falar em retomada", disse o economista do Dieese, César Andaku. O número de desempregados no quarto mês deste ano totalizou 233 mil pessoas, um aumento de 3 mil em relação ao mês anterior. No período, ocorreu a geração de 23 mil postos de trabalho (alta de 2%), no entanto, a População Economicamente Ativa (PEA) aumentou 1,9%, com 26 mil pessoas passando a integrar a força de trabalho da região.

"Pela série histórica, há uma tendência de crescimento no nível de ocupação em abril, conforme aconteceu em anos anteriores, assim como já era esperado um aumento da PEA. Esta relativa estabilidade também é peculiar nesta época", explicou o economista.

O contingente de ocupados cresceu 2%, totalizando 1,171 milhão de pessoas. Segundo a análise setorial, o resultado foi estimulado pelos aumentos de 3,8% nos Serviços, graças aos 23 mil novos postos de trabalho, e de 1,9% no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas, com 4 mil novos postos. "O destaque foi o desempenho nos segmentos de alojamento e alimentação, assim como outras atividades, como os serviços ambulantes de alimentação e a reparação de aparelhos domésticos. Nos dois casos, realizados por trabalhadores autônomos", explicou Andaku.

Por outro lado, revelava a pesquisa, houve redução de 4,5% na Indústria de Transformação, com eliminação de 12 mil postos de trabalho - com destaque para a metal-mecânica (-8,2%, ou eliminação de 12 mil).

Entre fevereiro e março de 2016, houve queda de 4% nos rendimentos médios reais de ocupados, para R$ 1.998, e de 2% nos dos assalariados, para R$ 2.086.

 



Veículo: Jornal DCI


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