Confiança do comércio subiu 4,3 pontos no País entre abril e maio

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A confiança do comércio subiu 4,3 pontos na passagem de abril para maio, na série com ajuste sazonal, informou na última quarta-feira, 25, a Fundação Getulio Vargas (FGV) Com o resultado, o índice chegou a 70,9 pontos, o maior nível desde junho de 2015 (72,6 pontos). O avanço foi puxado pelas expectativas e atingiu 12 dos 13 segmentos investigados pela instituição, à exceção de veículos.

A redução do pessimismo dos empresários do comércio é atribuída à mudança de governo, mas está “sujeita a confirmações”, afirmou Aloisio Campelo, superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV. Para ele, é preciso que as medidas apresentadas pela equipe do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) sejam aprovadas pelo Congresso Nacional para que haja retomada no índice de confiança.

“A economia ainda está sujeita a sobressaltos. Para melhora mais consistente (na confiança), tem de se confirmar a aprovação de medidas do governo. Eventualmente, a redução da taxa de juros pode ajudar”, disse Campelo. “A diminuição do pessimismo leva a uma postura mais favorável, mas essa posição está sujeita a confirmações.”

O superintendente notou que ainda não há um sentimento de otimismo entre os empresários. O que a sondagem mostra é a redução do pessimismo, embora haja espaço para uma recuperação da confiança à frente. “O humor está se tornando menos negativo devido à percepção de redução da incerteza”, disse.

Por um lado, as avaliações sobre o momento atual ainda são ruins, tanto que 44,8% dos empresários apontam a demanda insuficiente como limitação. Por outro, há melhora no indicador de emprego previsto. No mês passado, a diferença entre os que pretendem demitir e os que planejam contratar era de 20,2 pontos a favor das dispensas. Em maio, passou a 12,2 pontos.

Um ponto que chamou a atenção no resultado de maio é que a confiança do comércio de bens duráveis está se recuperando mais rápido. O setor, contudo, é justamente o que está com pior desempenho nas vendas. O segmento de móveis e eletrodomésticos, por exemplo, está com queda de 16,6% em 12 meses até março, segundo o IBGE. No de veículos, o recuo é de 17,6% no período. O desempenho médio do comércio varejista restrito (sem veículos e material de construção) está negativo em 5,8%.

“As famílias estão muito endividadas. É muito difícil pensar em recuperação expressiva para o setor”, disse o superintendente. A leitura, neste caso, é de que qualquer sinal de melhora é comemorado pela categoria.

 



Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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