Nos primeiros 23 dias deste mês, dos 45 principais produtos comercializados na Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas) tiveram alta de 4,9% nos preços ante o mesmo período do mês anterior. A elevação foi alavancada, principalmente, pela cenoura, mamão formosa e havaí, laranja e uva.
De acordo com o chefe da Seção de Informações de Mercado do entreposto, Ricardo Fernandes Martins, estes produtos estão no período de entressafra e ainda sofrem os reflexos das fortes chuvas ocorridas entre novembro e início de fevereiro.
O mamão formosa apresentou a maior variação: 58,8%. O preço do quilo da fruta saltou de R$ 0,80 para R$ 1,27 no intervalo. Em seguida, o quilo das uvas passaram, na média, de R$ 2,70 para R$ 3,79, com alta de 40,4%. O mamão havaí registrou variação de 40,2%, de R$ 1,17 para R$ 1,64 o quilo.
O preço da cenoura, que no período anterior podia ser comprada por R$ 0,87 o quilo, nos 23 primeiros dias de março subiu 35,6%, cotada a R$ 1,18 por quilo. A laranja pêra, por sua vez, variou 26%, de R$ 0,73 para R$ 0,92 por quilo. "No caso da laranja, além da oferta menor, as altas temperaturas em março estimularam o consumo, o que ajudou na alta dos preços", explicou.
De acordo com Martins, no geral, o preço médio dos produtos passaram de R$ 1,01 para R$ 1,06 por quilo. Segundo ele, a maioria destes produtos passou por um período de plena safra e, em seguida, veio outro de menor oferta, explicou.
Queda - Porém, produtos como a banana prata, que tinha preço médio de R$ 1,49, teve seu preço reduzido para R$ 1,26, com queda de 15,4% diante da maior oferta. A berinjela, que custava R$ 1,16 no intervalo anterior, caiu para a R$ 0,95 por quilo, com recuo de 18,1% nestes primeiros 23 dias do mês. "Essa redução pode ser atribuída a um maior volume ofertado no período", destacou. O jiló, por sua vez, caiu de R$ 0,92 para R$ 0,82, com redução de 10,9% ocasionada pela oferta.
O tomate também registrou queda, de R$ 0,89 para R$ 0,70, com retração de 21,3% no período. "Até abril, a situação dos preços deverá oscilar. A partir de maio, a tendência é que haja um equilíbrio, com preços mais favoráveis para o consumidor", projetou Martins.
Veículo: Diário do Comércio - MG