A Philip Morris informou que não se opõe ao aumento do imposto sobre os cigarros, mas defendeu mudança no sistema de tributação do produto. A empresa é contrária ao critério atual, que considera a embalagem para definição de diferentes taxações. Uma marca que só tenha versão em maço é tributada em R$ 0,62 (por embalagem com 20 unidades). O produto vendido apenas em caixinha paga R$ 0,92, e o que tem versão em maço e caixinha paga R$ 0,81.
"Esse sistema tem levado apenas o consumidor a migrar da caixinha para o maço", disse o diretor de assuntos corporativos da Philip Morris, Guilherme Athia. "Todos os cigarros são nocivos à saúde e devem pagar o mesmo tributo."
Ele afirmou que já vem conversando com o governo há um ano sobre o assunto e acredita que seria oportuno aproveitar a definição do novo IPI para fazer também as mudanças no sistema. A Souza Cruz, , que detém participação de 62,1% das vendas de cigarros no país, não quis se pronunciar sobre o aumento do IPI.
O aumento de preços já teve reflexos na redução dos volumes de vendas nos últimos dois anos. Em 2007, quando houve alta de 30% no IPI, o total vendido caiu 1,4% em relação a 2006. No ano passado, a queda em volume, segundo dados da Nielsen, foi de 1,5%. Mas como os preços subiram em média 14%, o faturamento cresceu 11,6%
Veículo: Valor Econômico