O frio prolongado nas regiões Sul e Sudeste do país ajudou a postergar a recuperação de resultados do varejo têxtil neste último trimestre, período que é o mais movimentado para o setor. A expectativa das empresas era que, em outubro, as vendas já estivessem em um patamar mais elevado, segundo Marcelo Prado, diretor do Iemi (Instituto de Estudos e Marketing Industrial).
"Se a estação de primavera-verão não se consolidar até o fim de novembro, o desempenho anual deverá ser afetado", avalia. A projeção das grandes redes para o último trimestre é de um faturamento igual ao de 2015, afirma o presidente da Abvtex, entidade do setor, Edmundo Lima. "A confiança mais alta do consumidor não se converteu em vendas em outubro, e as ondas de frio fora de época não têm ajudado."
Tradicionalmente, as vendas de fim de ano crescem 120% em relação à média dos demais meses. Em 2015, a alta foi de 70% e, em 2016, a projeção é de que o resultado seja entre 5% e 6% superior ao do ano passado. Entre janeiro e agosto, foram comercializadas 8,6% menos peças que no mesmo período de 2015. Mesmo com um bom desempenho do último trimestre, o setor prevê fechar 2016 com queda de 4,6% de vendas e crescimento de receita abaixo da inflação, de 2,7%.
Fonte: Portal Folha de São Paulo