Ministro reclama de leite argentino

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O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou ontem que dados do governo mostram que a Argentina está "empurrando" o leite a preços baixos para o mercado brasileiro. Segundo ele, o Brasil não pode "virar depósito de excesso de leite", num momento em que a Argentina não tem para quem vender. Ele fez as afirmações ao participar de evento na Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), onde se discutia o setor de lácteos.

 

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) acusa a Argentina de triangulação na venda de leite para o País, alegando que há indícios de que o produto esteja sendo comprado da União Europeia por preços abaixo do custo de produção e revendido para o Brasil.

 

O ministro disse que as informações indicam que um único importador brasileiro tenha comprado metade do leite importado pelo Brasil da Argentina. Essa empresa, segundo o ministro, tem vencido licitações para o fornecimento de leite aos estados. O ministro ponderou, no entanto, que avaliações da Secretaria de Defesa Agropecuária mostram que os lotes importados da Argentina atendem as condições sanitárias.

 

Fiscalização. Apesar das críticas, o ministro não soube dizer o que pode ser feito contra essa empresa, mas alertou que saída pode ser uma fiscalização mais efetiva por parte dos governos dos estados. Stephanes defendeu, no entanto, que seja estabelecido mecanismo para que as importações de leite da Argentina voltem aos níveis de comércio anteriores à crise financeira internacional. "Não somos a favor do protecionismo, mas as exportações de um país não podem fugir do padrão em período de crise", disse Stephanes.

 

Ao deixar a sede da OCB, o ministro disse que ainda não escolheu o substituto de Silas Brasileiro na secretaria-executiva do ministério. Ele também salientou que não tem um nome para a presidência da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), já que o atual presidente, Silvio Crestana, pediu afastamento por um período de 60 dias. Entre os funcionários da empresa, comenta-se que Crestana não deverá voltar para o cargo.

 

Veículo: Jornal do Commercio - RJ


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