A Copersucar, uma das maiores negociantes de açúcar e etanol de cana no País, reduziu sua previsão para a produção do adoçante na safra 2017/18 do centro-sul do Brasil devido à queda acentuada dos preços do açúcar.
O presidente-executivo da Copersucar, Paulo Roberto Souza, disse a jornalistas nos bastidores de uma conferência de biocombustíveis ontem que a empresa cortou sua estimativa para a produção de açúcar do centro-sul para 35,5 milhões de toneladas, ante 36 milhões de toneladas anteriormente.
A Copersucar, por outro lado, aumentou sua projeção para a produção de etanol do centro-sul em 300 milhões de litros, para 24,5 bilhões de litros. "Enquanto os preços do açúcar caem, o etanol tem se tornado mais competitivo em comparação com a gasolina em algumas regiões do Brasil, incentivando usinas a ajustar seu mix de produção", disse.
As unidades do centro-sul têm alguma flexibilidade para ajustar o mix de produção de açúcar e etanol, dependendo das receitas esperadas com os produtos.
As usinas aumentaram em grande medida a quantidade de cana que destinam à produção de açúcar nos últimos dois anos, quando os preços da commodity em Nova York atingiram uma máxima de cinco anos, em torno de 23 centavos por libra-peso.
Mas os preços caíram nos últimos seis meses, com expectativas de uma maior produção mundial de açúcar.
Souza destacou que em regiões que estão longe dos portos de exportação de açúcar, como o Estado de Goiás no Centro-Oeste do Brasil, as vendas locais de etanol estão dando melhores retornos do que a venda de açúcar aos mercados de exportação.
A Copersucar é responsável pela comercialização de açúcar e etanol produzidos por mais de 30 usinas no Brasil.
Fonte:Reuters