A política mais conservadora para a composição dos estoques, adotada ao longo da crise econômica pelos varejistas, ampliou o impacto da greve dos caminhoneiros no setor.
Com a falta de produtos atingindo além dos hortifrutis, as chances de faltar produtos não perecíveis nas gôndolas será ainda maior nos pequenos mercados e nas operações de vizinhança.
"Quando há greve de caminhões, o impacto direto no varejo alimentar se dá nos produtos perecíveis, que precisam de reposição diária.
O que notamos agora é que começam a faltar também produtos não perecíveis, e isso mostra a fragilidade dos estoques do comércio", comentou o especialista em logística e ex-diretor de uma das principais redes supermercadistas do País, Carlos Souto.
O problema da falta de produtos fica ainda mais evidente nos pequenos mercados de bairro. O empresário Vladimir Hama, dono de duas unidades do Hama Mais, no Mato Grosso do Sul, precisou racionar a venda de produtos por cliente, principalmente os de necessidade básica, como papel higiênico. "No final da manhã de ontem, começamos a limitar vendas. Há um certo desespero do consumidor." Ele admite que os estoques estavam abaixo do ideal.
Fonte: DCI