Oferta na Ceasa recua 8,5%

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Chuvas no início do ano e entressafra afetaram mercado.O preço da tangerina ponkan registrou queda de 37,2% em abril na Ceasa 

 

Os preços dos legumes e verduras, em abril, apresentaram alta de 6,8% na unidade de Contagem da Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas), representando a maior alta entre os hortigranjeiros comercializados no entreposto. Já as frutas registraram redução de 3,1%. A elevação no valor das hortaliças tem como principais fatores as chuvas ocorridas no início do ano e a entressafra de vários itens, influenciando também na queda média de 8,5% da oferta de produtos.

 

A elevação dos preços das hortaliças foi impulsionada pelo quiabo, que apresentou alta de 110,6%, seguida pelo milho verde (33,3%), batata (36%), tomate (12,3%), cenoura (12,1%) e couve-flor (9,3%).

 

O chefe da seção de informações do Mercado da Ceasa Minas, Ricardo Fernandes Martins, explicou que o período entre dezembro e maio é tradicionalmente desfavorável para o mercado de hortigranjeiros. Isto ocorre devido às chuvas que prejudicam a lavoura, reduzindo a oferta dos produtos e, conseqüentemente, provocando o aumento dos preços.

 

"Os produtos mais sensíveis, como as hortaliças de folhas, o tomate, a berinjela e o pepino, são prejudicados com o aumento das chuvas, o que interfere diretamente nos preços de venda. A alta do quiabo se deve ao período de entressafra e o aumento do consumo devido a chegada dos dias mais frios", disse Fernandes.

 

A expectativa é que produtos como a batata e o tomate apresentem redução nos preços a partir de julho, caso o inverno não seja rigoroso. O período entre julho e novembro, segundo Fernandes, é o responsável pelo melhor clima para a produção, com redução das chuvas e dias mais quentes, o que resulta em produtos de melhor qualidade e preços atrativos.

 

Algumas hortaliças apresentaram queda no valor de comercialização. A abobrinha italiana teve redução de 19,7%, seguida pela berinjela, com queda de 19,7%, o jiló (-12,3%), a moranga híbrida (-11,9%) e o chuchu (-5,3%). O inhame, que está em plena safra, apresentou redução de 8,1% nos preços.

 

Frutas - Ao contrário da última estimativa divulgada pelo Ceasa Minas, as frutas apresentaram redução de 3,1% em abril. Em março, o grupo sustentava alta de 4,9%. A tangerina ponkan foi o produto que mais pressionou a queda dos preços médios das frutas, apresentando redução de 37,2%, seguida pelo limão tahiti (-27.7%), melância (-27,6%), e laranja pêra (-12,8%).

 

Abril foi um mês atípico em relação ao preço das frutas. Segundo Fernandes, devido ao grande número de feriados, a procura pelas frutas apresentou queda, o que acabou refletindo nos preços. Entretanto, apesar de maio ter número reduzidos de feriados, o preço das frutas deve se manter estável. "A chegada do outono e das temperaturas mais amenas contribuem para uma queda no consumo de frutas. Desta forma, é possível que haja novamente um pequena retração nos preços", disse Fernandes.

 

A banana nanica ou caturra apresentou alta de 27,9%, causada pela transição do período de pico de safra para uma produção regular. Os mamões formosa (17,4%) e havaí (18,8%) tiveram queda na oferta, devido ao período chuvoso no início do ano no sul da Bahia e no norte do Espírito Santo.

 

O entreposto de Contagem comercializou R$ 280,3 milhões somente em abril, abrangendo os hortigranjeiros, cereais e industrializados. O valor representa uma queda de 8,6% em relação a março e 0,7% se compardo ao mesmo período do ano anterior. A redução é atribuída à pouca oferta do grupo das hortaliças e frutas.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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