Receita da Vilma no 1º quadrimestre cresceu 7%

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Os resultados registrados em abril pela Vilma Alimentos, controlada pela Domingos Costa Indústrias Alimentícias S/A, comprovam que a empresa de Contagem (RMBH), assim como o setor de alimentos, está conseguindo se manter imune à crise.

 

No primeiro quadrimestre, o faturamento da Vilma Alimentos cresceu 7%, sobre igual período de 2008. Para o acumulado de 2009, a projeção é alcançar expansão entre 6% e 8%, face a 2008, e fechar o ano com R$ 460 milhões em vendas.

 

De acordo com o vice-presidente de Marketing e Vendas da Domingos Costa Indústrias Alimentícias, Cezar Tavares, o resultado registrado entre janeiro e abril ( 7%), é um índice considerado expressivo, dado o atual momento por que passa a economia.

 

A manutenção da curva de alta nos negócios é explicada, por Tavares, pelo crescimento da demanda. "O medo de contrair dívida tem levado o consumidor a destinar recursos para a compra de alimentos. Fomos beneficiados."

 

O aumento das vendas foi sustentado pelo ampliação da produção que, de janeiro a abril, foi de 74 mil toneladas, ante as 72 mil toneladas apuradas em igual intervalo de 2008, elevação de quase 2,5%. Além disso, acrescentou Tavares, houve crescimento nas vendas de produtos com maior valor agregado.

 

Investimentos - Outra prova de que nem sempre crises econômicas significam retração de negócios é a manutenção do plano de inversões que a empresa tem para este ano. O pacote de investimentos soma R$ 55 milhões, R$ 35 milhões financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em dezembro de 2007. O aporte será destinado à modernização, ampliação e logística.

 

Lançamento - Outra ação que irá favorecer os negócios da Vilma em 2009 é o lançamento de uma nova linha própria: macarrão instantâneo. Foram investidos R$ 6 milhões para dar início à produção. Hoje, as vendas desse produto chegam a 500 toneladas/mês, mas a expectativa é de que, até setembro, sejam processadas mil toneladas/mês, atingindo a capacidade instalada. Até lá, o item deve passar a representar 5% do faturamento total da empresa.

 

O investimento, segundo Tavares, lançou a Vilma como a primeira empresa de Minas Gerais a fabricar o produto. Anteriormente, a Vilma comercializava o macarrão instantâneo, mas a produção era terceirizada em fábricas fora do Estado.

 

Com a linha própria, a marca consegue obter um produto até 15% mais barato do que o do concorrente. "Também estamos atendendo a uma necessidade de mercado, já que as pessoas precisam cada vez mais de alimentos de preparo rápido", destacou. A política de desenvolvimento de novos produtos deve ser mantida e, ainda em 2009, devem surgir outras novidades.

 

Novo perfil - Segundo Tavares, diante das mudanças provocadas pela crise, o comportamento do consumidor foi alterado. O vice-presidente destacou que a principal diferença notada no ponto-de-venda é que, quando o cliente vai às compras - principalmente aqueles das classes C, D e E -, ele adquire produtos de necessidade imediata. "Não existe mais a prática de guardar mercadorias", destacou.

 

Com isso, a tendência é de que as compras sejam efetivadas em pontos-de-venda mais próximos das residências, aumentando a demanda do chamado pequeno varejo. Para a indústria, esta nova perspectiva exige maior pulverização da força de vendas. "A equipe da Vilma, antes com 900 pessoas, hoje conta com 970."

 

Tavares destacou, ainda, que antes estes pequenos estabelecimentos não compravam diretamente do fabricante, como é verificado hoje. Diante disto, o vice-presidente ressaltou como foi fundamental a ampliação do Centro de Distribuição (CD) de Contagem, realizada em 2008. A capacidade de armazenamento, que era de 25 mil pallets, passou para 45 mil pallets.

 

Forno de Minas - O vice-presidente afirmou que a empresa não chegou a avaliar a possibilidade de adquirir a fábrica da General Mills, que detém a marca Forno de Minas, localizada em Contagem e que encerrou as atividades em abril. "Tudo o que se falou até agora não passa de especulação", destacou.

 

Tavares disse, ainda, que a Vilma deve continuar a avaliar oportunidades de novas aquisições em 2009, mas que isso não será prioridade. Recentemente, a Vilma adquiriu a fabricante de água sanitária Super Globo e a marca de temperos Pirata.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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