Marfrig quer aproveitar espaços

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Com a fusão da Sadia e Perdigão e a criação da Brasil Foods (BRF), o grupo Marfrig pretende expandir suas operações e se tornar a segunda marca de alimentos industrializados presente nas gôndolas dos supermercados do País. Para isso, a empresa antecipou projetos e deve lançar produtos até o final do ano. Segundo a companhia, com a fusão, os mercadistas terão produtos de um único fornecedor, o que pode resultar em novas oportunidades para os concorrentes.

 

"A criação da BRF será boa para a Marfrig, pois teremos espaço de mercado para crescer. Entre a posição de primeiro lugar da nova companhia e as demais empresas fica um grande espaço que pretendemos ocupar. Os mercadistas normalmente preferem não comprar apenas de um fornecedor e queremos nos posicionar como alternativa", afirmou o diretor de marketing da empresa, Sérgio Mobaier.

 

A companhia vai antecipar lançamentos e investir em reposicionar a marca como uma empresa do setor alimentício e não apenas como agroindústria. "Antecipamos alguns projetos para ampliar nossa presença nos mercados. Vamos lançar até o final do ano cinco linhas de produtos e reforçar as marcas comerciais. Entraremos em novas categorias de produtos, como pizza e massas, e também diversificaremos as que já comercializamos", afirmou Mobaier.

 

A companhia lançou esta semana 12 linhas de produtos industrializados e in natura, que, segundo a Marfrig, são resultado de pesquisas de mercado e investimentos feitos desde meados de 2008. A participação do grupo no segmento de alimentos industrializados já representa 22% da receita total.

 

Os lançamentos estão, segundo a empresa, integrados à estratégia de diversificação da organização, com projeção de faturamento líquido entre R$ 10,5 bilhões e R$ 12 bilhões para 2009. A Marfrig também pretende se posicionar entre os maiores players da indústria de alimentos do País. Nos últimos meses, a empresa já ampliou a linha de produtos industrializados DaGranja, além de fazer mudanças nas embalagens.

 

A empresa registrou lucro bruto de R$ 313,4 milhões no primeiro trimestre desse ano, aumento de 45,6 % se comparado a igual período de 2008 (R$ 215,2 milhões) e diminuindo 46% se comparado com o quarto trimestre de 2008 quando registrou R$ 580,3 milhões.

 

O grupo possui 18 plantas de abate de bovinos (nove no Brasil, cinco na Argentina e quatro no Uruguai), 30 plantas de produtos industrializados e processados (12 no Brasil, cinco na Argentina, três no Uruguai, uma nos Estados Unidos e nove na Europa).

 

Em abril, o grupo inaugurou a primeira unidade de abate de cordeiros no Brasil, em Promissão (SP). Os investimentos, iniciados em 2005, totalizaram R$ 20 milhões. A unidade tem capacidade inicial de abate e processamento de 1 mil animais por dia.

 

Veículo: Jornal do Commercio - RJ


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