Rede investe também em novo centro de distribuição, para expandir atuação em MG e no Centro-Oeste
A loja virtual do Wal-Mart no Brasil, lançada há quase nove meses, começará a vender novas categorias de produtos, como DVDs, livros e artigos para bebês. A multinacional americana também anunciou ontem que está construindo um novo centro de distribuição em Betim (MG). Com o depósito, a varejista poderá ampliar sua atuação tanto em Minas Gerais como na região Centro-Oeste, áreas hoje atendidas pelo centro de distribuição de São Paulo.
Além disso, neste ano, o grupo vai abrir a primeira unidade do Maxxi em Belo Horizonte, sua bandeira de "atacarejo" - formato de loja que mistura atacado e hipermercado. Também será inaugurada um unidade da rede em Goiás.
Segundo Héctor Núñez, presidente do Wal-Mart no Brasil, o Maxxi está entre as prioridades da varejista. Em 2008, foram abertas 11 unidades nesse modelo e este ano estão previstas 20 inaugurações. Hoje, o Maxxi possui 23 lojas. A rede fazia parte dos ativos do Sonae, companhia comprada em 2005 pelo Wal-Mart no Brasil.
Os planos de investimento da multinacional foram mantidos apesar da queda do PIB no primeiro semestre. O orçamento da subsidiária brasileira para este ano é de R$ 1,6 bilhão e contempla a inauguração de 80 a 90 lojas. Para o segundo semestre, Núñez espera que o PIB brasileiro se recupere, projetando um crescimento entre 1,5% e 1,8%.
Os modelos de negócios populares, voltados para as classes de menor poder aquisitivo, são o foco do Wal-Mart. No entanto, os resultados da loja virtual, que atinge um público de renda mais alta, também superaram as expectativas, disse Núnez. O executivo, contudo, não informou a taxa de crescimento ou a base de clientes da pontocom. "O retorno dos clientes tem sido muito positivo", afirmou ele, para quem a competição no varejo virtual deve se acirrar.
O Grupo Pão de Açúcar, dono do Extra, ampliou sua participação no mercado on-line com a compra do Ponto Frio, tornando-se a segunda maior operação de web no país. Mas a B2W, que controla Americanas e Submarino, ainda lidera com folga o segmento no Brasil.
A redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os eletrodomésticos de linha branca provocou uma forte alta da demanda. No entanto, a adoção do regime de substituição tributária para o setor este mês em São Paulo aumentou a carga de impostos e afetou os preços. "Se o IPI não for prorrogado, haverá uma queda no consumo, mas não sei dizer se será brusca", afirmou Nuñez. Segundo ele, houve apenas uma falta pontual de alguns produtos, mas a indústria já regularizou as entregas.
Veículo: Valor Econômico