A fabricante brasileira de tecidos tecnológicos Neotextil está investindo R$ 30 milhões nos próximos quatro anos para ampliar a sua atuação em outros países, apesar da atual crise internacional.
"As melhores oportunidades aparecem em momentos de crise. Além disso, nosso produto tem valor agregado e por isso não concorre com os chineses", disse Sérgio Ibri, presidente da Neotextil, que hoje vende para 12 países e quer aumentar as exportações para 22 nações.
Do investimento total, R$ 12 milhões serão aplicados neste segundo semestre para aquisição de equipamentos a serem instalados na fábrica de Americana (SP), adquirida em 2007 da Vicunha Têxtil. Os outros R$ 18 milhões serão revertidos para a abertura de pelo menos cinco filiais de vendas em outros países.
Hoje, a empresa fornece tecidos tecnológicos para marcas esportivas como Nike, Reebok, Olympikus, Fila, Umbro, New Balance entre outras. "Como já temos contratos com essas empresas no Brasil, temos chances de nos tornarmos também fornecedora em outros países", disse Ibri.
Além desse nicho de mercado, a Neotextil também desenvolve tecidos inteligentes para grifes como Le Lis Blance Richards.
Em 2008, a receita da Neotextil somou R$ 43,7 milhões e a previsão para este ano é que o faturamento tenha um aumento de mais de 50%. "Mesmo com a queda nas vendas nos primeiros meses do ano, nossa previsão é fechar o ano com faturamento de cerca de R$ 70 milhões devido à ampliação da linha de produção e ao aumento das exportações ", explicou o presidente da empresa.
Nos dois últimos anos, a empresa investiu US$ 2,6 milhões na fábrica de Americana para aumento da capacidade produtiva. Na semana passada, a empresa investiu mais R$ 1,5 milhão para transferir seu centro de logística, que ficava em Itatiba (SP) para as instalações de Americana. A empresas possui ainda uma segunda fábrica de estamparia e tinturaria em Itatiba.
Veículo: Valor Econômico