A Car System, empresa de monitoramento e rastreamento de automóveis, se prepara para atuar também no segmento de gerenciamento de frota de caminhões. Hoje, a empresa atende 170 mil clientes somente no chamado segmento de varejo. O diretor executivo da companhia, Elcio Fernandes Vicentin, disse que tem uma carteira de menos de 5% dos clientes no segmento corporativo.
"A nova ferramenta que vamos dispor no mercado, além do rastreamento e bloqueio de automóveis, terá um dispositivo que o cliente poderá gerenciar toda a vida útil do veículo e como ele está sendo utilizado. O custo operacional deverá reduzir em 12% com a nova tecnologia ", explicou Vicentin.
Segundo ele, com a tecnologia no mercado a expectativa é que o número de clientes corporativos cresça em 20 mil por ano. "É um segmento onde queremos ser representativos. Com esse produto, o cliente poderá por exemplo, gerenciar a manutenção dos veículos e principalmente a sua produtividade", disse Vicentin.
A tecnologia estará disponível no mercado em novembro e foi toda projetada na área de desenvolvimento de soluções da empresa. "Não é somente rastrear que interessa, o equipamento deve ser capaz de gerenciar o veículo e a carga. Tem um dispositivo que a cada três minutos envia uma planilha para a central, informando a posição do veículo e a situação da carga".
Novo mercado
Além dessa nova ferramenta para aumentar sua base de clientes, a Car System se prepara para atender pelo menos 400 mil clientes no próximo ano. Em primeiro de agosto de 2009, todo carro saído de fábrica terá que dispor de um rastreador.
"Com isso, serão, pelo menos mais 1 milhão de novos clientes no mercado, considerando um mercado de 5 milhões de unidades, entre automóveis, motos, caminhões e ônibus", disse Vicentin. Atualmente, segundo o executivo, a frota rastreada no Brasil é de 1,6 milhão de veículos.
A portaria 245 do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) dispõe sobre a instalação de equipamento obrigatório, denominado antifurto, nos veículos novos saídos de fábrica, nacionais e estrangeiros.
Preço em queda
No ano passado, a Volkswagen já disponibilizou os rastreadores em seus modelos fabricados no Brasil, mas a iniciativa durou pouco mais de três meses por falta de adesão dos consumidores. "Era muito caro manter um serviço desses e para a montadora é mais um complicador, pois, é instalado em seu veículo um dispositivo que ela não domina e qualquer problema será atribuído a ela. Por isso não deu certo. Mas, com a base de clientes maior, o preço cai e atrai novos consumidores", ressaltou Vicentin. Segundo ele, hoje para instalar um equipamento de rastreamento e bloqueio, se gasta cerca de R$ 2 mil e uma taxa de manutenção de R$ 99 por mês. "Há três anos, esses valores ultrapassavam R$ 7 mil mais uma tarifa mensal em torno de R$ 300", disse Vicentin acrescentando que o faturamento da empresa é de R$ 40 milhões por ano e que os investimentos somente em desenvolvimento e testes de novas tecnologias, é entre R$ 2,5 milhões a R$ 3 milhões por ano.
Veículo: Gazeta Mercantil