Item com concentração 70% e registro na Anvisa é o produto recomendado para higienizar as mãos
O álcool em gel sumiu das prateleiras por conta da epidemia de gripe suína - é considerado importante na higiene das mãos e evita a propagação do vírus H1N1. Só que o produto sem certificação pode ser bastante perigoso, assim como a doença.
Antes de adquirir qualquer uma das opções no mercado é preciso saber que todo álcool comercializado no território nacional (qualquer que seja a forma) precisa ter registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Isso vale também para os produtos de fabricação própria vendidos em algumas redes farmácias.
“Se o produto não tem registro na Anvisa, não se conhece a sua origem, composição e o consumidor corre o risco de sofrer problemas na pele. Quem encontrar produtos assim deve denunciar à Anvisa (0800-611997 e e-mail ouvidoria@anvisa.gov.br) ou à vigilância sanitária de sua cidade”, diz o diretor da Anvisa Dirceu Barbano.
O consumidor pode identificar se o álcool tem o registro verificando na embalagem a presença de um código com as iniciais “MS” e seguido de um código numérico. “Para ter certeza se o registro realmente está correto, basta ligar para a Anvisa e confirmar o código”, assegura Barbano. Além do registro, ele diz que não importa se o produto está em forma de gel ou líquido, mas a concentração dele. O importante é ter concentração de 70% (composto com 70% de álcool etílico e 30% de água). Acontece, que os produtos nessa concentração normalmente estão em forma gel”, explica.
Também é recomendável evitar o álcool em gel de limpeza doméstica, encontrado na seção de limpeza dos mercados.
Com relação à mistura caseira para transformar o produto líquido em gel (70% de álcool líquido e 30% de água) - propagada devido a falta do produto gelatinoso nas prateleiras - ele diz que não é a melhor a opção, mas pode ser utilizada.
“Numa situação como a que vivemos atualmente, o importante é o hábito de higienizar as mãos, como lavá-las com regularidade. O álcool é fundamental naquele ambiente em que o consumidor não tem condições de fazer isso”, diz o diretor da Anvisa. Nesse caso, porém, o consumidor não deve se esquecer de conferir na embalagem do álcool líquido, além do registro da Anvisa, o selo obrigatório do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).
Veículo: Jornal da Tarde - SP