Recargas de telefone e de bilhete único também não poderão ser feitas. Abrafarma é contra
A resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre funcionamento de farmácias e drogarias vai provocar o fechamento de pelo menos 15 mil correspondentes não bancários - caixas em que a população pode fazer pagamentos e receber benefícios de programas de transferência de renda ou da previdência.
Editada anteontem, a resolução da Anvisa restringe os serviços nesses estabelecimentos, o que torna proibido também recargas de telefone ou de bilhete único. Discutidas durante dois anos, as regras têm como objetivo reduzir a automedicação
A Associação Brasileira de Redes e Farmácias e Drogarias (Abrafarma) deve ir à Justiça. Segundo o presidente da entidade, Sérgio Mena Barreto, as novas normas contêm equívocos legais e técnicos, além de prejudicar a população de alguns municípios sem bancos, onde os pagamentos costumam ser efetuados em farmácias, lotéricas e supermercados.
A resolução, de acordo com a Anvisa, tem como objetivo retirar o clima de loja de conveniência nesses locais, o que poderia estimular a compra e o consumo desnecessário de medicamentos. Pelas novas regras, esses estabelecimentos podem vender só remédios. As exceções, como os alimentos especiais e produtos de limpeza, estão listadas em uma instrução normativa. Também fica proibido expor em gôndolas remédios de venda livre (sem receita), como analgésicos
Veículo: Jornal da Tarde - SP