A nova usina de beneficiamento de leite inaugurada neste mês em Passo Fundo, no norte do Rio Grande do Sul, aumentou em 17% a capacidade de processamento da Italac Alimentos, para 4,1 milhões de litros por dia. A planta, que começou a ser construída em abril do ano passado e pode industrializar 600 mil litros/dia, é a segunda da empresa no Estado e a oitava no país, incluindo as operações em Goiás, Rondônia e Pará.
Segundo o presidente da Italac, Cláudio Teixeira, a produção em Passo Fundo chegará a 1,2 milhão de litros por dia numa "segunda fase", cujo prazo não foi revelado. Na primeira etapa, a unidade vai produzir leite longa vida para distribuição no Sul e Sudeste do país, disse Teixeira por e-mail ao Valor.
O portfólio de produtos da Italac no país inclui ainda creme de leite, leite em pó e condensado, queijos, achocolatados e manteiga. Os produtos são vendidos exclusivamente no mercado interno. Segundo a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), que licenciou a nova planta gaúcha, a fábrica também tem capacidade para produzir creme de leite e bebidas achocolatadas.
A Italac não informou o valor do investimento feito em Passo Fundo, mas, de acordo com a Fepam, o aporte na indústria foi de R$ 60 milhões. Conforme Teixeira, a unidade foi construída com recursos próprios e teve incentivos fiscais do governo estadual por intermédio do programa Fundopem, que permite adiar por até oito anos o início do recolhimento de até 75% do ICMS gerado pela operação.
O empresário explicou que a Italac estabeleceu bases de captação de matéria-prima nas regiões norte e noroeste do Rio Grande do Sul, mas também não revelou o número de fornecedores de leite.
No norte do Estado também fica a fábrica que a Italac adquiriu em 2007 da Laticínios Sarandi, no município de Rondinha. A planta tem capacidade para processar 150 mil litros por dia, sendo metade para a produção de queijo mussarela e metade para leite resfriado.
Veículo: Valor Econômico