Melão de Mossoró tem selo internacional

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Comunidade potiguar de fruticultores obteve o selo Comércio Justo [br]e já tem encomenda para a Inglaterra

 

A Cooperativa de Desenvolvimento Agroindustrial Potiguar (Coodap), localizada na pequena comunidade de Pau Branco, Mossoró (RN), acabou de receber o selo Comércio Justo e exportará a fruta com a garantia de que ela foi produzida respeitando os preceitos das boas práticas - um cultivo ambientalmente responsável, sem exploração de mão de obra infantil ou escrava e que garante a justa remuneração de todos os envolvidos, entre outros itens.

 

A Coodap é a primeira cooperativa de melão do mundo a ser certificada pelo Flo-Cert (Certificação para o Desenvolvimento), da Alemanha. Para conquistar o selo, a entidade teve o apoio do Sebrae, que ajudou o grupo a obter um investimento de R$ 40 mil, além de oferecer cursos de capacitação de boas práticas agrícolas e de técnicas de negociação.

 

O selo do Comércio Justo garante, além de tudo, um adicional na renda dos produtores, porque o produto é mais valorizado. Com o selo, a Coodap já negociou o envio de 10 contêineres para a Inglaterra.
"Há dois anos o Sebrae identificou que tínhamos condições de conseguir o selo", conta a presidente da Coodap, Maria do Socorro. "Ou nos adaptávamos, ou seríamos excluídos do mercado", conclui.

 

A conquista do selo do Comércio Justo deverá beneficiar não só as 20 famílias cooperadas, mas também a comunidade de Pau Branco, de 3 mil habitantes. "Com a certificação, acredito que o nosso trabalho resultará em mais renda, emprego e, consequentemente, mais qualidade de vida", prevê Socorro.

 

A busca pelo selo de Comércio Justo começou em 2007. Antes mesmo de o selo ser concedido para a cooperativa, o melão potiguar foi enviado à Inglaterra para ser avaliado. Em uma escala de zero a cinco, a fruta brasileira foi classificada com a nota máxima.
"A oportunidade para a comunidade de Pau Branco é excelente, principalmente num momento em que todos ainda falam sobre a crise econômica", afirma o diretor técnico do Sebrae potiguar, João Hélio Cavalcanti. Segundo Cavalcanti, a iniciativa bem-sucedida com o melão já estimulou cooperativas produtoras de castanha, coco seco e mel a procurarem o Sebrae em busca do selo do Comércio Justo.

 


Veículo: O Estado de S.Paulo


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