Novo presidente da Karsten prevê retomada em 2010

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Fundada em 1882 e comandada pela família por 124 anos, a Karsten entra na sua segunda gestão profissionalizada. Na semana passada, a fabricante de cama, mesa e banho anunciou o nome do engenheiro têxtil Alvin Rauh Neto, 45 anos, para a presidência da companhia. Com projetos de retomada de investimentos em 2010, o executivo irá substituir Luciano Eric Reis, cuja missão nos últimos três anos foi redirecionar o foco da Karsten para o mercado interno.

 

O novo presidente vinha sendo preparado para o posto desde o começo do ano e já é velho conhecido da família. Rauh Neto tem 13 anos de casa, sendo que na última década atuou como diretor industrial. Sua primeira passagem foi entre 1990 e 1993.

 

O engenheiro chega à presidência da Karsten após um 2009 "apático" - período em que os investimentos da companhia minguaram por conta de uma severa redução de custos. Em 2008, a empresa contabilizou perdas de R$ 51,4 milhões com operações de derivativos, que já foram liquidadas. Mas, os reflexos ainda estão sendo sentidos. No segundo trimestre, a Karsten fechou com prejuízo de R$ 3,9 milhões frente a um lucro de R$ 6,4 milhões no mesmo período do ano passado.

 

Mesmo com prejuízo, a Karsten já vislumbra um 2010 melhor, inclusive com retomada de investimentos. "Em 2009, quase não houve investimentos. Mas no próximo ano, vamos retomar nossos projetos que foram interrompidos", disse Alvin Rauh Neto, sem revelar o valor do investimento para este ano. Em 2008, a empresa investiu R$ 20 milhões.

 

Entre os seus projetos, está começar a vender para hotéis e hospitais e participar de concorrências públicas. "Vamos lançar no começo de 2010 produtos específicos para esse segmento. Acredito que no médio prazo essa área pode representar 10% da receita", disse. Outra aposta é o segmento de tecidos para decoração. Segundo o executivo, essa divisão, que responde por 8% do faturamento, tem potencial para crescer 50% em três anos.

 

Diferente dos últimos anos, quando dedicou atenção especial à classe popular, a empresa voltará os olhos para a marca Karsten, destinada ao público A/B. A maior fatia, cerca de 70% do faturamento, vem dos produtos Karsten.

 

Para este ano, a expectativa da companhia é encerrar com um pequeno crescimento na receita, consequência principalmente do desempenho do mercado doméstico, que deve ter alta de 10%. "Mesmo com a atual situação da empresa e do mercado, esperamos crescer 3% no ano", disse.

 

O setor de cama, mesa e banho tem faturamento de cerca de US$ 3,4 bilhões e produz 1 bilhão de peças, segundo dados do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi).
 

 

Veículo: Valor Econômico


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