Açúcar: indústria responde por 60%

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Estudo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) aponta que 60% do consumo de açúcar no mercado interno brasileiro ocorre por meio da ingestão de produtos industrializados, como balas, bolachas, chocolates, refrigerantes e laticínios. O percentual restante é comprado por consumidores no varejo, com 80% dessas aquisições na forma de açúcar refinado e 20%, de cristal.

 

Segundo o Cepea, do volume total comercializado no mercado interno pelas usinas, 84,5% é de açúcar cristal, 14% de refinado e 1,5% de açúcar líquido. O levantamento foi feito em cima da produção da safra 2007/2008 de cana-de-açúcar no Brasil e apontou que 35% da oferta brasileira de açúcar fica no País. Isso significa, de acordo com os dados de produção daquela safra, um volume superior a 10 milhões de toneladas.

 

A pesquisa apontou ainda que empresas de refeições coletivas, de produção artesanal de doces e ainda parte do varejo dão preferência às compras de açúcar em fardos com embalagens de 30 quilos, com unidades de um quilo ou cinco quilos. Já a saca de 50 quilos é preferida por indústrias de alimentos e empacotadoras. Os big bags, por sua vez, são negociados basicamente por indústrias e atacadistas.

 

Um estudo atualizado e mais completo, com os dados de todas as usinas brasileiras e com os números absolutos, deve ficar pronto no início de 2009/2010, de acordo com Mírian Bacchi, pesquisadora do Cepea/Esalq/USP. Segundo ela, os dois levantamentos são fundamentais para que haja no País uma análise de consumo do açúcar, "que é essencial para projeções do crescimento deste mercado, bem como para avaliar se há possíveis excedentes, ou falta, já que o alimento está na cesta básica do brasileiro", afirmou.

 

Com um mercado mais bem conhecido, é possível ainda, de acordo com Mírian, planejar ofertas de outros derivados de cana-de-açúcar, ou seja, o açúcar para a exportação e o etanol. Para a pesquisadora, na primeira versão do estudo já é possível avaliar que o aumento do consumo de açúcar via indireta está diretamente relacionado com o aumento da renda do brasileiro.

 

"Em alguns estados, o açúcar cristal em embalagens de um ou cinco quilos é considerado um produto inferior", avaliou Mírian. Além de uma análise mais aprofundada no perfil do consumidor, a segunda versão do estudo irá mapear ainda como é a cadeia do açúcar no mercado interno.

 

Veículo: Jornal do Commercio - RJ


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