São Paulo atinge 207 mil vagas novas

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Ritmo de geração de postos de trabalho em 2008 é maior do que a média nacional

 

A criação de empregos com carteira assinada segue em crescimento acelerado em São Paulo, ultrapassando 200 mil postos de trabalho. Até o fim de agosto, foram criadas 207,6 mil vagas na Capital, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, divulgado ontem. O número é 34,8% maior que o registrado nos primeiros oito meses de 2007, quando as novas vagas chegaram a 154 mil.

 

O ritmo em 2008 em São Paulo também é maior que o da média brasileira. Em todo o País, foram abertas 1,8 milhão de vagas com carteira assinada até agosto. Em igual período do ano passado, o número chegou a 1,36 milhão - uma alta de 33,03%, inferior aos 34,8% da Capital.

 

O bom momento do mercado de trabalho está ligado ao crescimento da economia e, especificamente, à expansão de alguns setores. O economista Alcides Leite, da Trevisan Escola de Negócios, destaca o avanço das indústrias petroquímicas, de construção civil, informática, bens de capital e veículos. “Elas estão crescendo muito e contribuindo para a contratação de trabalhadores com carteira assinada.”

 

Essa expansão, segundo Alcides, vai continuar nos próximos meses. “Talvez não no mesmo ritmo, já que a base está alta”, ressalta. “Mas setores como o da construção civil estão investindo muito e vão continuar crescendo.”

 

Nos primeiros oito meses de 2008, a construção civil foi responsável pela geração de 268,1 mil vagas no Brasil - 29 mil na cidade de São Paulo.

 

O diretor de Economia do Sindicato da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP), Eduardo Zaidan, afirma que as contratações vão continuar em ritmo acelerado pelo menos até o fim do primeiro trimestre de 2009. “A indústria de construção trabalha com o longo prazo. Como o nível de emprego é fruto de decisões ocorridas há mais de 18 meses, tudo indica que até o ano que vem as vagas continuem surgindo.”

 

Os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia, segundo Zaidan, são responsáveis por 60% das vagas formais na construção civil. “O que mais tem puxado a geração de empregos é o mercado imobiliário nas cidades. Mas também existe a contribuição de outros segmentos, como o de infra-estrutura”, explica.

 

2 milhões em 2008

 

O Ministério do Trabalho e Emprego prevê que, até o fim de 2008, a marca de 2 milhões de novos empregos seja batida. “Mesmo a taxa de inflação subindo não impediu o crescimento, porque os investimentos são projetados e planejados com muita antecedência”, disse ontem o ministro Carlos Lupi, durante divulgação do Caged.

 

Paulistanos como Eliane Akemi Ywamot, de 30 anos, estão aproveitando as oportunidades. Desempregada há quatro meses, ela começa hoje a trabalhar como analista numa multinacional do setor de contabilidade.

 

“Trabalhava com contabilidade na empresa anterior, mas pedi demissão porque queria atuar nesta multinacional”, afirma Eliane. “Nesse período, estava procurando uma colocação, mas não fiquei desesperada. Sabia que iria conseguir.”

 

Currículo bem feito ajuda a 'ganhar pontos'

 

Com o bom momento da economia, o número de oportunidades vêm aumentando, mas é importante investir em um bom currículo para conquistar uma vaga.

 

A consultora de recursos humanos do Grupo Catho, Patrícia Leutério, explica que o currículo precisa ser sucinto. “Ele deve ter no máximo duas páginas, com frases curtas”, diz. “Além disso, é importante acrescentar apenas informações profissionais. A pessoa não precisa dizer se fuma ou se pratica esportes”, exemplifica.

 

No currículo, a pessoa deve informar seu objetivo (cargo e área) e fazer uma síntese de qualificações (resumo dos resultados trazidos às empresas anteriores). Formação acadêmica, domínio de idiomas e conhecimento de informática são outros itens importantes.

 

Ao informar a experiência profissional, o candidato deve incluir, de forma resumida, o nome da empresa, o período em que ele esteve empregado, os cargos e as atribuições.

 

A gerente de recursos e seleção da Manpower Professional, Roberta Raffaelli, defende um currículo ainda mais resumido, de apenas uma página. “Também não há uma fórmula única. Uma pessoa que é muito hábil com línguas pode, por exemplo, destacar isso logo no início”, diz. “Um currículo ruim, mal escrito, já diz algo sobre a pessoa. Mas a forma não é mais importante que o conteúdo.”

 


Veículo: Jornal da Tarde


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