Um ano após a fusão com a Rodosis, que atua no mercado de caminhoneiros autônomos e pequenas transportadoras, e com a ControlLoc, a Omnilink se prepara para novos desafios. A empresa, que é provedora de sistemas de rastreamento de veículos e cargas, está avaliando a internacionalização.
O presidente da Omnilink, Cilineu Nunes, disse que os mercados emergentes, principalmente a América Latina, estão sendo avaliados pela companhia. "Com a fusão com a Zatics, podemos entrar em novos mercados, já que esta empresa já atua internacionalmente", disse Nunes.
Segundo ele, ainda é um projeto embrionário, mas que o objetivo da empresa é oferecer soluções de rastreamento em outros países. "Estamos arrumando a casa. Neste primeiro ano tivemos que integrar todos os processos das empresas que compramos, e depois disso, vamos partir para outras frentes", disse Nunes.
O processo de reestruturação da empresa se iniciou em 1º de outubro de 2007 a partir da associação com o Pátria Investimentos e da implementação do plano estratégico de consolidação do mercado de rastreamento de veículos por meio de crescimento orgânico e de aquisições de empresas e tecnologias concorrentes – HAL-9000, Rodosis, ControlLoc e CData.
Nos primeiros sete meses do ano, a empresa já comercializou 45% a mais do que o registrado durante todo o ano de 2007. Com relação ao número de rastreadores, a empresa duplicou sua base instalada, e a perspectiva, de acordo com Cileneu Nunes, é ampliar em 175% o número de sistemas de rastreamento até o final de 2008, atingindo a marca de 50 mil sistemas. "De 2002 a 2007 crescemos 630%, passando de 2,5 mil rastreadores instalados para 18,2 mil equipamentos. É um crescimento importante, mas ainda assim é menor do que a meta traçada para este ano, que é chegar a 50 mil rastreadores".
Nunes acrescenta que, em relação à receita bruta, o aumento acompanhou os mesmos patamares, registrando assim aumento de 640% no período de 2002 a 2007, atingindo a marca de R$ 52 milhões, em 2007. Em 2002, a Omnilink faturava R$ 7 milhões. Segundo o executivo, a empresa deve fechar o ano com uma receita de R$ 125 mil, aumento de 140% em relação ao faturamento de 2007.
O executivo ressaltou, ainda, que desde que se associou ao Patria, todo o lucro obtido pela Omnilink é reinvestido na própria empresa. "Isso nos garante fôlego para esse crescimento. E não descartamos a aquisição de outras empresas. Estamos no mercado", disse Nunes.
A Omnilink, no entanto, não avalia a abertura de capital no curto prazo. Segundo o executivo, essa alternativa para capitalização ainda não é necessária. "O aporte do fundo foi fundamental para a aquisição de outras empresas, então temos fonte de capitalização que não passa, por enquanto, pela abertura de capital", disse Nunes, sem revelar o valor do investimento feito pelo Pátria Investimentos.
Veículo: Gazeta Mercantil