Nos quinze minutos finais do pregão de hoje, irá a leilão na bolsa 40% da fatia que a GP Investimentos e a família Samaja possuem na empresa de bens de consumo Hypermarcas.
Estarão à venda 12 milhões de ações ordinárias (ON, com direito a voto) da empresa, que representam 5,37% de seu capital total. O preço inicial do leilão é de R$ 32,00 e foi estabelecido por meio de um processo de consulta ao mercado, conduzido pelo Credit Suisse, que se encerrou na manhã de ontem. O banco testou o apetite de compradores para a operação e, apesar de alguns investidores já terem demonstrado interesse, no leilão de hoje haverá livre interferência do mercado. Investidores estrangeiros também podem participar do leilão. Pelo preço inicialmente sugerido, o evento deverá movimentar R$ 384 milhões.
Segundo operadores de mercado, GP e a família Samaja, controladora da antiga Farmasa, tinham a intenção de vender todos os seus papéis (29,7 milhões de ações), que foram desvinculados do bloco de controle na semana passada. Mas como a operação poderia derrubar a cotação da ação na bolsa, optaram por uma venda gradual - as ações chegaram a cair 5% ao longo do pregão de terça-feira, para R$ 32,10, enquanto o Credit fazia a sondagem. No entanto, não estão descartados a possibilidade de novos leilões com papéis da Hypermarcas na bolsa nos próximos dias.
Em novembro de 2007, a GP investiu R$ 240 milhões para comprar 50% da Farmasa. Foi essa operação que deu ao fundo a participação na Farmasa. Ontem, as ações ordinárias da Hypermarcas fecharam em queda de 3,7%, cotadas a R$ 32,25, já buscando o preço do leilão.
Veículo: Valor Econômico