As tradings de açúcar devem se preparar para uma mudança explosiva dos preços do produto nas duas próximas semanas, segundo análise técnica do LaSalle Futures Group de Chicago.
Com exceção de um falso colapso em 10 de novembro, as baixas intradiárias dos contratos futuros de açúcar demerara (não refinado) ficaram mais acentuadas e as máximas vêm sendo mais baixas desde que o preço alcançou sua maior alta de 28 anos, de 25,43 centavos a libra-peso, em 30 de setembro, segundo George Kopp, analista sênior de mercado do LaSalle. "A configuração, conhecida como formação de cone, surgiu quando diminuiu a diferença entre os preços mínimos e os máximos, e está preparando o mercado para uma mudança rápida e contundente", disse ele.
O preço deverá saltar até 19%, para 27 centavos de dólar por libra-peso, até 30 de novembro, se o contrato mais negociado fechar acima de 24 centavos de dólar por libra-peso por dois pregões consecutivos, segundo Kopp. "Há probabilidade equivalente de ocorrer uma queda de 12%, para 20 centavos de dólar por libra-peso, a cotação mais baixa desde 7 de agosto", disse ele.
"Uma notícia externa referente aos fundamentos econômicos vai decidir que sentido os preços vão tomar. Até então, os investidores deveriam agir com cautela, uma vez que o mercado está mexendo numa área explosiva", acrescentou Kopp.
Em 10 de novembro, o açúcar caiu para níveis inferiores à linha indicativa da evolução do gráfico que ligava as baixas de 9 de outubro e de 28 de outubro. No dia seguinte, os preços voltaram a se recuperar, encaixando-se no canal em estreitamento. A margem superior do canal liga as altas de 30 de setembro, 19 de outubro e 5 de novembro.
O açúcar disparou 92% este ano, uma vez que a Índia, o maior consumidor de açúcar do mundo, importou o produto para cobrir o déficit de sua oferta. O excesso de chuvas limitou a produção de açúcar do Brasil, o maior produtor mundial, elevando a pressão sobre a oferta. Na semana passada, os contratos de açúcar para março subiram 0,02 centavo de dólar, para 22,69 centavos de dólar a libra-peso, em Nova York.
Veículo: DCI