Consumo nos Lares Brasileiros acumula alta de 2,33% até maio, aponta indicador ABRAS

Leia em 4min

AbrasMercado: cortes bovinos acumulam queda de 12% no período de um ano.

Óleo de soja recua 28% e café 6% em igual período.

 

 

A desaceleração da inflação sobre os alimentos, os reajustes salariais, os recursos injetados na economia contribuíram para a manutenção do Consumo nos Lares Brasileiros. De janeiro a maio de 2023, o indicador acumula alta de 2,33%, de acordo com monitoramento da Associação Brasileira de Supermercados – ABRAS.

Na comparação maio ante abril houve recuo de -0,95% no consumo influenciado pela sazonalidade da Páscoa.


Na comparação maio de 2023 x maio de 2022 o consumo registra alta de 7,25%. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o levantamento contempla todos os formatos e canais operados pelos supermercados.


“É um período marcado por ampliação dos programas de transferência de renda que, somando aos reajustes salariais, injeção de recursos na economia e por menor pressão da inflação dos alimentos –sobretudo para famílias com renda mais restrita e que formam os grupos mais sensíveis às variações de preços de alimentos – tornou o consumo nos lares mais consistente até maio”, analisa o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan.

Para 2023, a entidade projeta inicialmente um crescimento de 2,5% do Consumo nos Lares Brasileiros.

 

 

AbrasMercado: cesta de largo consumo recua 0,14% em maio


Preços da carne bovina caem em média 5% até maio.
Em 12 meses a queda nos cortes bovinos é de 12%.

 

A AbrasMercado – cesta de 35 produtos de largo consumo composta de alimentos, bebidas, produtos de limpeza e itens de higiene e beleza – registrou queda de -0,14% em maio.


Com essa variação, o preço na média nacional recuou de R$ 751,29 em abril para R$ 750,22 em maio. No acumulado dos últimos 12 meses, a cesta nacional tem recuo de -2,04%.


Os preços da carne bovina são destaques no recuo de preços no período de janeiro a maio: corte traseiro (-5,84%) e dianteiro (-4,64%). Em 12 meses, as quedas acumuladas dos cortes são: traseiro (-12,21%) e dianteiro (-11,76%).


Ainda na cesta de proteínas, há queda nos preços no acumulado do ano no frango congelado (-4,57%) e variação (-1,80%) em maio. Já os preços do pernil continuam em recuo no período e registram queda de -0,34%, em maio.


Outras quedas nos preços, em maio, foram puxadas por alimentos da cesta de hortifruti: batata (-1,90%), cebola (-1,30%). De janeiro a maio, os recuos são mais expressivos para cebola (-41,95%) e batata (-10,24%).


Na cesta de commodities as maiores quedas em maio foram: óleo de soja (-7,11%) e café torrado e moído (-0,70%). Até maio, as quedas foram respectivamente (-17,09%) e (-3,43%). No acumulado de 12 meses, os recuos foram (-28,35%) e (-6%) nesta ordem.


Do lado das altas estão tomate (+6,65%), leite longa vida (+2,37%), ovos (+1,83%). Nos primeiros cinco meses, o leite longa vida acumula alta de 12,18%.


Na categoria de limpeza, as altas acumuladas foram puxadas por desinfetante (+1,49%), sabão em pó (+0,72%), detergente líquido para louças (+0,12%), água sanitária (+0,20%).


Dentre os produtos da cesta de higiene e beleza, as variações foram: xampu (+1,28%), papel higiênico (+0,84%), sabonete (+0,61%), creme dental (+0,35%).

 

Cesta de alimentos básicos varia -0,14%


No recorte da cesta de alimentos básicos com 12 produtos houve variação de -0,14% em maio ante abril e o preço médio caiu de R$ 322,46 em abril para R$ 322,00 em maio.


Em maio, as principais quedas vieram de óleo de soja (-7,11%), carne bovina – corte dianteiro (-0,93%), café torrado e moído (-0,70%), farinha de trigo (-0,37%), massa sêmola de espaguete (-0,15%), feijão (-0,03%).


As altas foram registradas na cesta de lácteos: leite (+2,37%), queijos muçarela (+1,14%).


Houve ainda variação nos preços do açúcar refinado (+0,82%), da farinha de mandioca (+0,75%), do arroz (+0,42%) e da margarina cremosa (+0,05%).

 

Cestas regionais: Nordeste registra a menor variação


Na análise regional do desempenho das cestas, a única alta em maio foi registrada na região Sul (+0,28%).


Nas demais regiões os recuos nos preços foram: Norte (-0,43%), Centro-Oeste (-0,29%), Sudeste (-0,10%), Nordeste (-0,06%).

 

Acesse aqui a apresentação na íntegra.

 

Assessoria ABRAS 

 


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