Conceito de plataforma de negócios prevê combinação de expertise atual e fontes de receita adjacentes
Expandir os limites do modelo de varejo tradicional para construir um conjunto diversificado de ofertas, aproveitando a expertise e a presença no mercado para se estender a mercados adjacentes e desbloquear novos fluxos de receita. Esse foi o recado dos executivos da EY durante a palestra “O ecossistema do varejo alimentar”, realizada nesta terça-feira, 17 de setembro, durante a ABRAS´24 food retail future.
Alto potencial de crescimento e lucratividade. Desenvolver a confiança e a fidelidade do cliente. Essas são algumas das razões para apostar em plataformas de negócios.
Segundo a sócia da EY e líder do segmento de consumo, produtos e varejo para América Latina, Cristiane Amaral, os varejistas precisam estar preparados para uma “tempestade perfeita” para um novo momento de disrupção sequenciada no setor. “Não basta só olhar para o consumidor e o que ele quer, mas tudo que está à volta disso e as oportunidades que isso gera.”
Como exemplo, ela citou o “efeito Ozempic”. Cristiane apresentou dados que mostram que a saudabilidade é um dos mais demandados pelo consumidor brasileiro, com um detalhe importante. “Diferentemente do que aconteceu durante a pandemia, a prioridade está no bem-estar físico. Isso abre inúmeras possibilidades para o varejo quanto a mix de produtos e até segmentos nos quais ele não atua diretamente.” Ou seja, essa diversificação pode ser feita por meio de parcerias.
O líder de produtos de consumo e varejo da EY-Pathernon Américas, Will Auchinloss, apresentou vários cases, entre eles a parceria Soriana-Falabella. Ela facilitou a entrada da Soriana em serviços financeiros e criou um fluxo de receita alternativo que complementa seu negócio principal de varejo. Contudo, ele fez ressalvas no sentido de que esse tipo de aposta requer planejamento e estratégia. Ele Vcitou que o empreendimento de saúde do varejo da Walgreens com o VillageMD enfrentou desafios regulatórios e competitivos, levando a um desempenho financeiro ruim e ambições reduzidas. Para evitar insucesso, as perguntas-chave são: qual seu propósito? O que você quer atingir? Qual é seu posicionamento? Qual é sua estratégia?
Auchinloss finalizou com uma fala instigante. Para ele, para ter sucesso, o varejista precisa se preocupar menos com a concorrência e mais com seus ativos, seus consumidores e futuras parcerias que ampliem o seu negócio e a sua receita.
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Fonte: Redação SuperHiper.