As vendas reais do setor supermercadista em junho de 2011 cresceram 2,75% em relação a junho de 2010, de acordo com o Índice Nacional de Vendas, divulgado nesta quinta-feira, 28 de julho, em entrevista para a imprensa pela Abras. Em comparação com maio deste ano, houve queda de -2,64%. No acumulado do primeiro semestre de 2011, as vendas do setor supermercadista alcançam alta de 4,25%, na comparação com o mesmo período de 2010. Esses índices já foram deflacionados pelo IPCA do IBGE.
Segundo Honda, o mercado de trabalho continuar com números fortes. “Houve queda de 6,2% na taxa de desemprego, aumento de renda em torno de 6%, na comparação anual. Dados do Caged, do Ministério do Trabalho, apontam 1,4 milhão a mais de empregos com carteira assinada entre janeiro e junho deste ano.” Região Norte volta a ter a cesta de produtos mais cara do País No acumulado do ano, o Índice AbrasMercado acumula queda de -2,55%, enquanto o IPCA, apresenta alta de 3,87%. O Índice AbrasMercado, indicador que mede o desempenho da cesta de 35 produtos de largo consumo, realizada pela GfK, mostra que a região Norte voltou a ter a cesta de produtos mais cara do País, com aumento de 2,14% no mês de junho, comparada a maio deste ano. A cesta passou de R$ 326,60 para R$ 333,58. Já as cestas de produtos das regiões Sul e Sudeste apresentaram queda de -1,14 e -1,19%, respectivamente. O indicador AbrasMercado mostra ainda queda -0,18% em junho, em relação a maio deste ano. Já na comparação com junho de 2010, o índice apresentou crescimento de 8,46%, passando de R$ 275,91 para R$ 299,24. Os produtos com as maiores altas em junho, na comparação com maio, foram: tomate, com 9,01%; cebola, com 4,02%; e café torrado, com 3,81%. Já os produtos com as maiores quedas foram: batata, com -15,14%; frango congelado, com -5,75%; e sal, com -2,13%.
“O volume de vendas acumulado neste primeiro semestre já começa delinear tendência esperada para este ano, na qual as vendas do setor devem crescer em torno de 4%”, explica o presidente da Abras, Sussumu Honda.
Índice Nacional de Volume
De acordo com o Índice Nacional de Volume, pesquisado pela Nielsen para a Abras, o autosserviço brasileiro apresentou, no primeiro semestre de 2011, alta de 3,4% nas vendas em volume, em comparação ao mesmo período de 2010, quando a variação ficou em 6,5% (primeiro semestre de 2010 sobre mesmo período de 2009).
Todas as cestas apresentaram crescimento, sendo que as que tiveram melhor desempenho em volume de vendas foram as de bebidas alcoólicas, com 8,5%, e perecíveis, com 6,4%. Seguidas das cestas “outros”, que contém principalmente produtos de bazar, com 5,3%; bebidas não alcoólicas, com 3,9%; higiene e beleza, com 2,9%; limpeza caseira, com 2,6%; mercearia doce, com 1,9%; e mercearia salgada, com 0,1%.
O formato de loja que apresentou o maior crescimento de vendas foi aquele que tem entre 1 e 4 check-outs, com 5,1%. O autosserviço com mais de 50 check-outs, apresentou recuperação com crescimento de 4,5%, em 2010, esse segmento apresentou queda de -6,9% no período.
Nas regiões do país, todas as áreas pesquisadas registraram aumento no volume vendido. Em comparação ao primeiro semestre de 2010, o maior crescimento aconteceu na região do Grande Rio de Janeiro, com 8,3%, seguida da região Sul, com 5,2%; Nordeste (Ceará até Bahia) e Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal), com 3,9%; Espírito Santo, Minas Gerais e interior do Rio de Janeiro, com 3,7%; Grande São Paulo, com 2,7% e interior e litoral de São Paulo, com 0,5%;
Com o desempenho no primeiro bimestre, o chocolate passou da 7ª para a 2ª maior contribuição do crescimento geral Top 10 Crescimentos (variação de volume >3%): Variação de Volume YTD11 x YTD 10 - Total autosserviços Brasil Fonte: Redação Portal Abras
Lojas com mais de 50 check-outs apresentam recuperação no volume de vendas no primeiro semestre Variação de Volume, Valor e Preço - YTD11 x YTD10 (AMJ)
Base: 134 Categorias de produto - autosserviços Brasil - Fonte: Nielsen / Retail Index
Ranking: Variação ponderada pela importância em faturamento das categorias para o Total Cestas - Fonte: Nielsen/Retail Index