Alta ocorreu em outubro, na comparação com o mês de setembro. Acumulado dos dez meses do ano teve crescimento de 3,92%
Quarta-feira, 30 de novembro – As vendas reais do setor supermercadista em outubro de 2010 aumentaram 4,71% em relação a setembro, de acordo com o Índice Nacional de Vendas, divulgado mensalmente pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em comparação com outubro de 2010, a alta real foi de 1,46%. No acumulado dos dez meses de 2011, as vendas do setor supermercadista alcançaram alta de 3,92%, na comparação com igual período de 2010. Esses índices já foram deflacionados pelo IPCA do IBGE.
Em valores nominais, o Índice de Vendas da Abras apresentou crescimento de 8,54% em outubro em relação a outubro de 2010 e alta de 5,16% sobre setembro deste ano. O acumulado nominal, de janeiro a outubro de 2011, chegou a 10,83%, na comparação com o mesmo período do ano passado.
“O acumulado do índice de vendas do setor vem se mostrando estável. Apesar da ligeira desaceleração em outubro, acreditamos que as vendas deverão se manter aquecidas nos meses finais do ano”, diz o presidente da Abras, Sussumu Honda.
AbrasMercado
Em outubro, o AbrasMercado, cesta de 35 produtos de largo consumo, analisada pela GfK, apresentou alta de 1,15%, em relação a setembro deste ano. Já na comparação com outubro de 2010, o AbrasMercado apresentou crescimento de 8,11%, passando de R$ 286,70 para R$ 309,95.
Os produtos com as maiores altas em outubro, na comparação com setembro, foram: cebola, com 5,08%; carne dianteiro, com 3,98%; e batata, com 3,18%. Já os produtos com as maiores quedas no último mês foram: tomate, com -4,18%; xampu, com -2,41%; e biscoito maisena, com -2,09%.
Índice de Volume
De acordo com o Índice Nacional de Volume, pesquisado pela Nielsen para a Abras, o autosserviço brasileiro apresentou desaceleração no bimestre. No período de janeiro a outubro de 2011, o índice apresentou crescimento de 2% em comparação ao mesmo período de 2010, quando a variação ficou em 7% (sobre mesmo período de 2009). O melhor desempenho se apresenta nas cestas de bebidas alcoólicas, com 6,3%, e perecíveis, com 4,7%. Também registraram crescimento as cestas de bebidas não alcoólicas, com 2,9%; Outros, que contém principalmente produtos de bazar, com 2,1%; higiene e beleza, com 1,9%; mercearia doce, com 1,0%; limpeza caseira, com 0,8%. A cesta mercearia salgada foi a única que teve retração no volume de vendas, com -0,9%.
Com exceção do interior de São Paulo e litoral, que teve queda de -1,3% no volume vendido, todas as outras áreas pesquisadas na regiões do país registraram aumento no volume vendido. Em comparação ao mesmo período de 2010, o maior crescimento aconteceu na região do Grande Rio de Janeiro com 7,1%, seguida da região que engloba Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com 3,7%; Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal, com 3,6%; Ceará até Bahia, com 3,2%; Espírito Santo, Minas Gerais e interior do Rio de Janeiro, com 2% e Grande São Paulo, com 0,9%.
O vinho foi a categoria de produto que apresentou maior crescimento em 2011, com 35,7%. Em seguida, as maiores altas percentuais, em termos de volume de vendas, foram: suco de frutas pronto para consumo (17,1%); bebida à base de soja (13,8%); chocolate (12,2%); salgadinho para aperitivos (10%); desodorante (8,2%); carnes congeladas (7,3%). Os produtos com as maiores quedas percentuais, em termos de volume de vendas, foram: sabão em barra (-13,2%); chá (-9,9%); lã de aço (-8,6%); óleo de azeite e farinha de trigo (-8%).