As vendas reais nos supermercados cresceram 3,84% em janeiro na comparação ao mesmo mês do ano passado, divulgou ontem a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em relação ao mês de dezembro, principal período de vendas do setor, o faturamento dos supermercados recuou, sem ajuste sazonal, 19,36%. Os dados estão deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Segundo a associação, o setor supermercadista começa o ano com um ritmo de crescimento no mesmo patamar verificado em 2011. A entidade destaca que a queda das vendas em janeiro em relação a dezembro já era esperada em razão das festas de final de ano, já que o mês de dezembro é o mais forte em termos de vendas.
"A geração de empregos e o crescimento da massa salarial seguem crescendo, garantindo um crescimento sustentável das vendas", afirmou o presidente da Abras, Sussumu HondaHonda.
O valor da cesta AbrasMercado, formada por 35 produtos considerados de largo consumo, como alimentos, limpeza e beleza, medido pela GfK, apresentou queda de 0,55% nos preços em janeiro em relação a dezembro do ano passado, para R$ 316,88. Na comparação com janeiro de 2011, o valor da cesta subiu 4,25%.
Em janeiro ante dezembro, a região Nordeste apresentou o maior reajuste nos preços da cesta, com alta de 0,77%, para R$ 264,32; seguida do Sul, com aumento de 0,09%, para R$ 348,68. Já o Sudeste apresentou o maior recuo, de 1,57%, para R$ 306,66; seguido do Centro-Oeste (-1,43%, para R$ 301) e do Norte (-0,54%, para 357,03).
Os produtos com maiores quedas foram leite em pó integral (-3,27%), frango congelado (-2,62%) e leite longa vida (-2,48%). Já as maiores altas ficaram com tomate (+9,97%), cebola (+8,85%) e feijão (+6,23%).
Honda destacou que, apesar da recente seca na região Sul, a expectativa para a safra agrícola é positiva, uma vez que nas demais regiões do país há uma maior regularidade nas chuvas. Isso, segundo o dirigente, em conjunto com a menor pressão externa sobre os preços das commodities agrícolas, deve segurar os preços dos alimentos no mercado interno. "Este ano começa com uma maior estabilidade nos preços, o que ajuda nas vendas", afirmou.
Veículo: Diário do Comércio - MG