Negócios cresceram 0,19% em abril.
O aumento da renda continua a impulsionar o consumo interno de alimentos, na opinião do presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda. De acordo com ele, o crescimento da massa salarial "tem ajudado bastante" a manter as vendas no varejo alimentar em um patamar satisfatório.
As vendas reais do setor supermercadista cresceram 0,19% em abril ante igual mês do ano passado, mostrou o Índice Nacional de Vendas divulgado ontem. Na comparação com março, entretanto, o indicador da Abras caiu 2%.
Nos primeiros quatro meses do ano, as vendas dos supermercados acumulam alta de 6,08% ante o primeiro quadrimestre de 2011. Esses índices já foram deflacionados pelo IPCA (inflação oficial), medido pelo IBGE. A taxa acumulada está acima do teto das previsões da Abras de crescimento entre 3,5% e 4% ao final do ano.
Sussumu Honda informa que o impacto das vendas da Páscoa acabou sendo diluído entre os meses de março e abril. "Mas o resultado do setor continua bastante positivo, reflexo do aumento de poder de compra do brasileiro."
Ele afirma que está difícil fazer uma previsão no curto prazo em função do cenário macroeconômico mundial. As incertezas sobre a economia doméstica e as condições em regiões como Europa e Ásia impedem uma estimativa. "Ainda não temos como saber qual será o impacto nos preços das commodities alimentares, o que dificulta uma estimativa do desempenho em termos de faturamento."
Desde dezembro, o índice AbrasMercado, cesta de 35 produtos de largo consumo, analisada pela GfK a pedido da Abras, não registrava aumento. Entretanto, o indicador reverteu e subiu 0,44% em abril sobre março. Em março, houve queda de 0,27%, em fevereiro -0,25% e em janeiro -0,55%. Na comparação com abril de 2011, o indicador avançou 5,37%, passando R$ 300,52 para R$ 316,66.
O presidente da Abras espera que a queda dos juros e as medidas anunciadas pelo governo para estimular o consumo interno reflitam em vendas maiores no segundo semestre. Segundo ele, a primeira quinzena foi bastante positiva, mas na segunda metade do mês houve desaceleração. "Temos informações, informais ainda, de que o mês começou bem, mas a segunda quinzena já não foi tão bem. (AE)
Veículo: Diário do Comércio - MG