As vendas reais do setor supermercadista registraram alta de 3,91% em agosto em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com o Índice Nacional de Vendas divulgado ontem pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Na comparação com julho deste ano, o indicador apresentou elevação de 1,71%.
De janeiro a agosto deste ano, as vendas dos supermercados subiram 5,57% ante igual intervalo de 2011. Esses índices já foram deflacionados pelo IPCA, medido pelo IBGE.
Em valores nominais, o índice de vendas da Abras apresentou crescimento de 9,40% em agosto na comparação com agosto de 2011 e 2,12% ante julho deste ano. No acumulado do ano, o índice nominal tem alta de 11,22% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Segundo o presidente da Abras, Sussumu Honda, o resultado de vendas apurado em agosto reforça a expectativa de crescimento da entidade da ordem de 5% neste ano. "A queda do desemprego e o aumento da massa salarial bem como a recuperação do setor industrial indicam boas perspectivas para o restante do ano", avalia.
O faturamento dos supermercados manteve a trajetória de alta em agosto, acumulando crescimento real de 5,57% desde janeiro. No entanto, o volume de mercadorias vendidas apresentou recuo de 0,1% nos oito meses de 2012 se comparado com o mesmo intervalo de 2011.
Entre janeiro e agosto de 2011, o Índice Nacional de Volume, pesquisado pela Nielsen para a Abras, subiu 2,6% sobre o mesmo intervalo de 2010.
De acordo com o presidente da Abras, o resultado de vendas apurado em agosto reflete a inflação dos alimentos, puxado principalmente por commodities agrícolas, e uma mudança nos hábitos dos consumidores. "Os brasileiros estão preferindo comprar massa de bolo pronto do que a farinha de trigo e o açúcar para elaborar sua própria receita, o que indica uma mudança no comportamento em função do aumento da renda", observa Sussumo Honda.
De modo geral, todas as cestas de produtos mantiveram-se estáveis, com pequenas variações positivas ou negativas, segundo a Abras. Apresentaram crescimento os grupos bebidas não alcoólicas (1,4%), seguido por mercearia doce (0,5%) e perecíveis (0,3%).
A cesta "outros" (que contém principalmente produtos de bazar), higiene e beleza, mercearia salgada e bebidas alcoólicas, tiveram quedas de 5,3%, 1,1%, 0,6% e 0,3%, respectivamente.
Veículo: O Estado de S.Paulo