As vendas nos supermercados aumentaram 6,45% em novembro em todo o País, na comparação com igual período do ano passado, aponta levantamento divulgado ontem (20) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Em relação a outubro, houve crescimento de 1,52%. No acumulado do ano, o setor registra alta de 5,29% na comparação com igual período de 2011.
A pesquisa traz ainda a variação do valor da cesta AbrasMercado, que considera o preço de 35 produtos incluídos na lista dos mais consumidos no país.
A cesta subiu 0,66%, passando de R$ 334,64 em outubro para R$ 336,86. O acréscimo ficou acima do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi 0,6%. Na comparação com novembro de 2011, quando a cesta custava R$ 311,77, o aumento chega a 8,05%.
Os itens com maiores altas em novembro, em relação ao mês anterior, foram: farinha de mandioca (12,92%), queijo muçarela (4,53%) e queijo prato (3,5%). As maiores quedas foram registradas nos preços do tomate (-16,48%), da cebola (-11,32%) e da batata (-6,4%).
O Norte é a região do país que registrou a cesta AbrasMercado mais cara, um total de R$ 379,84. Também é a região que teve o maior aumento em relação a outubro, um acréscimo de 2,73%. A Região Sul aparece em seguida, com R$ 362,94, valor 0,51% maior do que o registrado em outubro (R$ 361,11). O conjunto de produtos mais baratos foi identificado na Região Nordeste (R$ 287,50).
Confiança do consumidor
Apesar de o número de famílias endividadas ter crescido de novembro para dezembro, o comércio está otimista com a disponibilidade de compra do consumidor, afirmou a economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC) Marianne Hanson.
Neste mês, 60,7% dos entrevistados ouvidos na pesquisa Endividamento e Inadimplência do Consumidor informaram ter contas a pagar. Entretanto, prevaleceu entre eles a percepção de que não estão muito endividados. "Isso ajuda o comércio. É uma demonstração de que as famílias saíram de um estado de mais cautela e agora estão mais dispostas a ir às compras, a tomar crédito para o consumo", avaliou Marianne.
O quadro de otimismo contrasta com a constatação de que a taxa de endividamento em dezembro foi a mais alta do ano. A economista da CNC, porém, relativiza o resultado. "As famílias vieram de um processo de redução de endividamento desde o fim de 2011. Por isso, não é possível dizer que o patamar de dezembro está alto", diz Marianne, complementando que o consumidor está mais otimista com a capacidade de pagamento das contas atrasadas, outra boa notícia para o comércio.
Veículo: DCI