O volume de itens vendidos pelos supermercados brasileiros teve um ligeiro recuo de 0,2% no acumulado de janeiro a outubro, de acordo com o Índice Nacional de Volume, medido pela consultoria Nielsen em parceria com a Associação Brasileira dos Supermercados (Abras). A estimativa é que no ano todo esse indicador fique estável em relação ao ano passado. Já para as vendas reais em valor, a projeção é de um crescimento de 5% até dezembro.
A retração no volume, segundo o presidente da Abras, Sussumu Honda, deve-se à migração do brasileiro para lojas modelo "atacarejo", originalmente de atacado, mas que também atendem o consumidor final, como Atacadão, Assaí e Maxxi, por exemplo. A medição das vendas feita pela Nielsen não considera esse tipo de formato.
Sussumu diz que nos últimos anos o consumidor passou a adquirir produtos mais baratos, como os da cesta básica, nessas lojas - um movimento que se intensificou em 2012. Com isso, a venda desses itens nos supermercados caiu. O açúcar registrou recuo de 9,1% de janeiro a outubro, enquanto o arroz teve queda de 3,6% e o sabão em barra, de 10,2%.
Ao mesmo tempo em que prefere comprar produtos básicos em locais onde o apelo é o preço menor, o brasileiro sofistica o consumo de outros itens - incluindo, por exemplo, mais iogurtes e sucos prontos em seu carrinho no supermercado.
Apenas no mês de outubro, as vendas reais do setor supermercadista cresceram 2,2%, em relação a setembro e 2,38% sobre igual período de 2011.
Veículo: Valor Econômico