Farinha e arroz, os vilões de 2012

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O índice Abrasmercado, cesta que considera o preço de 35 produtos de grande consumo, apresentou alta de 7,27% ao longo de 2012, tendo como parâmetro o ano de 2011. Elaborado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o índice mostra que os alimentos inflacionaram os preços no ano passado. Com as altas, o custo da cesta totalizou, em dezembro, R$ 341,80, enquanto em igual mês do ano anterior era de R$ 318,64. Com relação a novembro de 2012, o resultado de dezembro registrou elevação de 1,47%.

Entre os alimentos pesquisados pela Abras, as maiores altas anuais foram encontradas na farinha de mandioca, que teve variação de 41,6% no preço; no arroz, de 40%, e no frango congelado, de 9,9%. Para Flávio Tayra, gerente de economia da Abras, fatores climáticos, como a seca no Rio Grande do Sul, pressionaram o preço dos alimentos, em especial dos grãos. "Além disso, houve o ajuste do dólar, que teve impacto em alguns preços, e um  reajuste natural da indústria, que buscou aumentar a lucratividade", explicou Tayra.

A região Norte apresentou em 2012 a cesta mais cara do País, valendo R$ 385,63 em dezembro. O resultado foi 1,52% superior ao registrado em novembro. Entretanto, a cesta que registrou maior alta em relação a novembro foi a do Sudeste, que avançou 2,08%, para R$ 333,68 em dezembro.

Vendas – As vendas acumuladas no setor supermercadista em 2012 tiveram variação real – já descontada inflação pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) – positiva em 5,3%. Foi o melhor resultado desde 2008, quando o crescimento das vendas foi de 8,98%. Na comparação com novembro, a variação real das vendas de dezembro foi positiva em 28,71%,

O bom desempenho acumulado em 2012, segundo o gerente de economia da Abras, foi consequência do aumento do salário mínimo – ao longo de 2012 o salário mínimo real cresceu quase 9%. Além dos baixos níveis de desemprego, cujo resultado de novembro, o último divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 4,9%, o mais baixo já registrado. Para Fernando Yamada, eleito recentemente presidente da Abras, a expectativa em 2013 é de manutenção do desempenho observado no ano passado. "O setor está mantendo um crescimento conservador, embora sustentável, que deve se estender por este ano e também para 2014", disse Yamada.

A perspectiva da Abras é de que o salário mínimo tenha crescimento um pouco inferior ao observado em 2012 e o desemprego seja um pouco superior, na casa dos 5,5%



Veículo: Diário do Comércio - SP


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