Veículo: Revista Isto É Dinheiro
Estabilidade para os supermercados
Pleno emprego e política salarial fazem com que setor tenha crescimentos anuais mais modestos, porém, mais sólidos.
Por Diego Marcel
Os supermercadistas devem aumentar suas vendas em 3,5% em 2013, após crescimento de 5,3% no ano passado, segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O setor, contudo, não está preocupado. Segundo Flávio Tayra, gerente de economia e pesquisa da Abras, este deve ser o primeiro ano de um período de estabilização no crescimento. Segundo o especialista, o avanço do setor é fundamentado, basicamente, em dois itens: aumento do emprego e da massa salarial. Como o País atingiu o patamar denominado por especialistas como de "plano emprego" e o governo estipulou uma política de aumento salarial, os números para os próximos anos não devem variar do apresentado em 2013.
"Este ano ainda contamos com uma base de comparação maior", diz Tayra. Se a projeção não apresenta o volume de anos passados, ela é mais sólida. Segundo o especialista, não existem fatores iminentes que possam atrapalhar o setor. "Não há grandes preocupações no horizonte. Vemos que está tudo controlado, até a questão das safras".
A variação nos próximos anos pode ocorrer pela demanda reprimida que o setor ainda apresenta - pessoas que ainda não aumentaram seu padrão de consumo. A instituição espera, também, que produtos mais sofisticados tenham maior saída no ano, pois o cliente deve aumentar seu padrão de compra. "Veremos mais vinhos sendo vendidos".
O ano de 2012
De janeiro a dezembro do ano passado, as vendas dos supermercados subiram 5,3% ante 2011. A alta ficou em linha com a projeção da Abras, que era de incremento de 5%. Na comparação do último dezembro com igual mês do ano anterior, a alta foi de 11,59%. "Em 2012, o setor supermercadista experimentou mais um ano de crescimento, superior ao obtido em 2011, que havia sido de 3,71%", disse o novo presidente da Abras, Fernando Yamada.
Veículo: Isto É Dinheiro