Com uma expectativa de participação no Produto Interno Bruto (PIB) de 6% até o final do próximo ano, o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Fernando Yamada, projeta faturamento de R$ 314 bilhões do setor no País.
Até o fim de 2014, é esperado aumento de mais de 100 mil vagas, ultrapassando a marca de 1 milhão de empregos no setor supermercadista.
No ano passado, a participação foi de 5,5% do PIB e o faturamento alcançou os R$ 249 bilhões. Além desse salto, Yamada espera que as vagas criadas aumentem em mais de 100 mil, ultrapassando a marca de 1 milhão de empregos no setor. Segundo ele, também há projeção de crescimento do número de lojas. "Hoje temos 83.500 lojas e a proposta é fechar 2014 com 92.360", disse o presidente.
Para apresentar metas e lançar propostas, o presidente se reuniu, ontem, com diretores da Associação Cearense de Supermercados (Acesu). "Vim apresentar a plataforma do biênio da nossa nova diretoria, que está com o programa Abras Maior. Ele consiste em fazer um crescimento mais avançado em relação ao que se vê hoje", afirmou.
Dentre as propostas do programa está a diminuição do prazo médio de reembolso em relação ao cartão de crédito e redução das taxas cobradas pelas administradoras de cartão de débito. Além disso, pretende normatizar vale-alimentação e vale-refeição, passando a considerá-los como meios de pagamento sujeitos a fiscalização do Banco Central. "Nós queremos a regulação, através do Banco Central, dos meios de pagamento. Nós estamos há muito tempo pleiteando", comenta. As propostas estão sendo discutidas pela Abras com diferentes setores do governo federal.
Investimento
Outro ponto buscado pela diretoria, segundo Yamada, é a desoneração no investimento. "Além de construir um supermercado é preciso equipá-lo com tecnologia e conforto. Com a desoneração sobre o investimento, que é uma proposta palpável, poderemos acelerar a abertura de mais lojas e alcançar a meta", ressaltou.
Para conseguir dar ressonância às propostas, ele diz que é fundamental a relação com as associações estaduais. "A proposta é que os estados sejam canal para lidar com os clientes e não podemos dar andamento sem estarmos juntos. O Ceará tem sido um dos maiores mobilizadores desse sistema", afirmou o presidente da Abras.
Veículo: Diário do Nordeste - CE