Supermercados, longe de crises.

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As vendas nos supermercados brasileiros registraram alta de 5,43% em maio em relação a abril e de 4,28% em comparação com igual mês de 2012. No acumulado do ano, o aumento foi de 2,17%. O resultado, já deflacionado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi divulgado ontem pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
 
Os números foram considerados positivos, pois o segmento continua estimulado por fatores como a manutenção do poder aquisitivo dos salários e pela continuidade do processo de criação de postos de trabalho. 
 
De acordo com o levantamento mensal da entidade, em valores nominais, as vendas em maio foram 5,82% superiores às de abril e apresentaram alta de 11,04% ante maio do ano passado.
 
Para o presidente da entidade, Fernando Yamada, o mercado de trabalho ainda aquecido e o ganho de renda real continuam impulsionando as vendas do setor. "Apesar da alta do dólar e dos últimos números previstos para o Produto Interno Bruto (PIB), de crescimento de 2,46%, continuamos com a mesma perspectiva otimista, mas moderada, com a qual iniciamos o ano, e esperamos um segundo semestre ainda melhor em vendas", disse Yamada.
 
Assim, a Abras manteve a previsão de crescimento de 3,5% neste ano ante o resultado de 2012. Ele lembrou que a taxa de desemprego foi estimada em 5,8%, índice estável em relação ao mês anterior, o que contribui para a manutenção das expectativas da entidade.
 
Para o economista da Abras, Flávio Tayra, a expectativa é de aquecimento nas vendas no segundo semestre, período que registra, tradicionalmente, maior nível de atividade econômica. Ele observou que há também avanços em gestão significativos entre os supermercados de médio porte regionais – o que representa ganhos reais.
 
Segundo Tayra, o Paraná é um exemplo, pois o estado conta com redes com resultados bastante expressivos. "Atualmente, os grandes estão observando os métodos em gestão dessas redes, pois têm dificuldades de gerenciamento e não conseguem oferecer o tipo de atenção aos consumidores", disse. O levantamento realizado pela GfK, analisado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Abras, indicou que a cesta composta de 35 itens de largo consumo terminou o mês de maio em R$ 362,59, com elevação de 1,29%, ante abril.
   
       
       
Veículo: Diário do Comércio - SP


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