O vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan, falou sobre os avanços no rumo da segurança de alimentos com a implantação do programa de Rastreabilidade e Monitoramento de Alimentos - RAMA durante o 4º Seminário de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos e Alternativas Agroecológicas de Produção, organizado pela Diretoria de Vigilância Sanitária (Divisa), que teve o objetivo de discutir e avaliar continuamente os níveis de agrotóxicos em alimentos in natura. O seminário aconteceu no auditório da Emdagro na manhã de hoje (12), em Sergipe.
Para ampliar o debate, a Associação Sergipana de Supermercados (ASES) apresentou o programa de Rastreamento e Monitoramento de Agrotóxicos - RAMA, implantado em Sergipe no inicio de dezembro deste ano.
Durante o seminário, o responsável técnico da Paripassu, empresa parceria do setor supermercadista na promoção do programa, Luciano de Tamisso, e o vice-presidente da ABRAS Marcio Milan explicaram o funcionamento do programa que monitora frutas, verduras e legumes do fornecedor (produtor, distribuidor) até as gôndolas dos supermercados.
O RAMA foi implantado como teste inicialmente em Santa Catarina em 2011 e em 2012 no Rio Grande do Norte. Sergipe é o terceiro estado a fazer o rastreamento de alimentos.
Segundo Márcio Milan os resultados que se têm em dois anos de RAMA ainda não são quantitativos, mas sim qualitativos. "Quando comparamos as análises que foras feitas no início do processo em 2011 com as de 2012 observamos que houve uma melhora de mais de 50% nos resultados. Outro ponto positivo é que os produtores passaram a olhar o processo como diferencial de mercado. Colocar a marca no ponto de venda traz uma responsabilidade dupla. Não é o simples fato de expor a marca, mas também de mostrar ao consumidor que há responsabilidade com o produto in natura", explicou Milan.
O vice-presidente destacou que ainda a importância dos fornecedores de defensivos agrícolas para que o programa se torne ainda mais abrangente. "Temos os produtores, os fornecedores, os supermercados e estamos nos mobilizando para que em 2014, os fornecedores de defensivos participem do processo".
Para o presidente da Ases, João Luiz Silva Oliveira, a discussão é de grande importância, pois trata diretamente da saúde da população. "Enquanto entidade, nós, que fazemos a Ases, estamos trabalhando para que todos os supermercados façam parte dessa campanha, é muito importante saber a origem do produto e de que forma ele foi manipulado".
Participaram do seminário a Gerente de Alimentos da Divisa/Se, Rosana Barreto, que mostrou as ações desenvolvidas pela Diretoria de Vigilância Sanitária no último ano e as perspectivas para rastreabilidade, o especialista em Regulação em Vigilância Sanitária, de Juliano Malty, que falou sobre o Programa Nacional de Análise de Resíduo de Agrotóxico em Alimentos (PARA); a advogada Lídia Cristina que abordou a questão do receituário agronômico; a coordenadora de Defesa Vegetal da Emdagro, Maria Aparecida Nascimento, que falou das ações da Emdragro no controle do uso de agrotóxicos; a professora do curso de Agronegócio, Eliane Dalmora, que trouxe a temática "Desenvolvimento da Agroeconomia no contexto atual".
Fonte: Assessoria de Comunicação ASES/Portal ABRAS