Há mais de seis décadas no mercado, a rede mineira Epa Supermercados se prepara para dobrar de tamanho. Atualmente com 109 lojas – sendo 90 em Minas Gerais e 19 no Espírito Santo –, a empresa do Grupo DMA Distribuidora abrirá mais 112 lojas nos próximos cinco anos. “Neste ano, vamos inaugurar 12 unidades, até o Natal, distribuídas entre a capital mineira e interior do Estado”, conta o diretor de marketing da empresa, Roberto Gosende, 60. As outras cem serão abertas durante os próximos anos.
O Epa tem um quadro de 11 mil funcionários, e a expansão traz também a necessidade de novas contratações. “Em média, são necessários 200 funcionários por loja”, calcula Gosende, há 25 anos na empresa. Isso significa um universo de 22,4 mil novos empregos diretos na rede mineira de supermercados.
No que se refere ao faturamento, a rede registrou um resultado de R$ 2,640 bilhões no ano passado. “Tivemos um crescimento na faixa dos 16% em relação ao ano anterior. E, neste ano, devemos ter o mesmo (percentual de crescimento) ou um pouco maior”, conta o executivo.
Mercado. Na 11ª colocação no ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Gosende acredita que neste ano a rede Epa estará entre as dez maiores do país por conta da expansão e do mercado que, segundo ele, também já apresenta sinais de recuperação no consumo. “Já se percebe no dia a dia um otimismo maior, não de todos os segmentos, mas da maioria, e, por parte das indústrias, já há um certo sorriso”, informa.
Na mudança de hábitos por conta da crise, o setor também levou vantagem. “O consumidor vem buscando marcas mais em conta, mas, por outro lado, as pessoas deixam de sair mais e ficam em casa e vão para o supermercado”, analisa.
Ação para o Hospital da Baleia
A Rede Epa Supermercados está liderando, com o apoio do jornal O TEMPO, uma campanha para arrecadar doações para o Hospital da Baleia. “A área de pediatria do Baleia vem passando por uma crise, e estão com o projeto de construir um centro pediátrico”, conta o diretor de marketing do Epa, Roberto Gosende.
Por isso, até dezembro deste ano, a intenção da campanha é arrecadar R$ 2 milhões, dinheiro necessário para a construção do centro pediátrico. “São 5.000 crianças sendo tratadas na área de oncologia do Baleia”, calcula o executivo.
Para isso, Gosende conta que foram treinados mais de 4.000 funcionários que trabalham nos caixas de quase cem supermercados de Belo Horizonte e região metropolitana. “É um pedido de apoio à população. Vamos receber doação por meio de troco ou dos cartões de débito e de crédito”.
Com um sistema inédito de arrecadação, Gosende conta que o departamento de Tecnologia da Informação do Epa desenvolveu um programa específico. “O dinheiro já é repassado automaticamente para o Baleia, o que facilita. Hoje, 70% do movimento (nas lojas) é em cartão, e as pessoas podem doar qualquer quantia”, explica.
O diretor do Epa conta que as pessoas querem contribuir, mas, talvez ficam em dúvida sobre como sair de casa e para quem doar. “Pegamos uma instituição séria, de credibilidade e que já mostrou a idoneidade, que é o Baleia, e colocamos nossas lojas a serviço”, diz. (HL)
Veículo: Jornal O Tempo