A Frente Parlamentar Mista em defesa do Comércio, Serviços e Empreendedorismo (CSE) se reuniu nesta quarta-feira (10) com os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Fazenda, Henrique Meirelles. Na pauta do encontro, realizado em um restaurante de Brasília, um debate em torno do ajuste fiscal proposto pelo governo e as reformas tributária e da Previdência.
A reunião foi liderada pelo deputado federal Rogério Marinho (PSDB), presidente da Frente CSE. “Nós entendemos que estamos passando por um momento ímpar na história do país. Este é o pior rendimento econômico da história do Brasil. Não é uma marolinha e afeta a sociedade brasileira em toda a sua estrutura”, disse o tucano, enfatizando que o colegiado se colocava à disposição para um esforço conjunto no sentido de “mudar a situação em que o país se encontra”.
O primeiro a falar foi o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. “Estamos vivendo um momento decisivo para a organização estatal brasileira. O modelo de estado está falido. Não há como ficar de pé. O Estado tem uma musculatura muito grande e esqueceu de prestar serviços a sociedade. Há um grande aparato estatal, que esqueceu de ser prestador de serviço”, disse. Sobre o ajuste fiscal, Padilha afirmou que nunca houve nada parecido com esta proposta na história do país.
Já Meirelles, disse que o Brasil vive atualmente o pior momento da crise econômica, “quando a população sente diretamente os efeitos do problema”. O ministro ressaltou as palavras ditas por Rogério na abertura do encontro, enfatizando que esta é a pior situação vivida pelo país em toda a sua história.
“A nossa avaliação foi de que seria crucial passarmos uma mensagem muito forte de controle fiscal. Um governo que dirige um país tem que saber, em primeiro lugar, controlar as próprias contas. A partir daí ele pode administrar o país. O primeiro passo é oferecer esse controle”, disse Meirelles.
A reunião da Frente CSE contou com a presença de dezenas de parlamentares e de representantes das principais instituições representativas do setor no país, entre eles Fernando Yamada, da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs).
Fonte: Canindé Silva