Os preços no supermercado de produtos de alto consumo tendem a subir acima do IPCA em 2018, conforme a previsão da GfK, feita durante a Convenção Nacional da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Itens como leite e feijão devem puxar as altas, conforme previu o diretor da GfK, Marco Aurélio Lima.
O ano passado foi marcado por uma queda de 7,1% nos preços nos supermercados brasileiros. O indicador leva em conta uma cesta com 35 produtos entre os mais consumidos. Para Lima, há uma tendência de que os alimentos tenham uma alta neste ano, num esforço de recuperação de margens dos produtores.
Apesar de esperar elevação de preços, o diretor da GfK não vê impacto negativo desse efeito no volume de vendas dos supermercados. Para ele, os aumentos de preço mais significativos devem vir de itens de alta necessidade, cuja demanda varia pouco. Além do leite e do feijão, as carnes tendem a sofrer alta, comentou.
Lojas. O setor de supermercados desacelerou seu ritmo de abertura de novas lojas e, em 2017, cresceu 0,4% em quantidade de pontos de venda, nível abaixo do registrado em anos anteriores. Segundo a Abras, o ritmo de crescimento era de 0,5% em 2016 e de 1,2% em 2015. O setor faturou no ano passado R$ 353,2 bilhões, crescimento nominal de 4,3% no ano.
Os dados da Abras e da Nielsen apontam que, no final do ano passado, o setor contava com 89,3 mil pontos de venda. Apesar da menor expansão com novas lojas, o setor acelerou a criação de vagas de emprego. O número de empregos diretos cresceu 1,1% na comparação anual, chegando a 1,822 milhão de empregos.
Fonte: Confederação Nacional das Instituições Financeiras