Supermercados exigem carne sem desmatamento

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As maiores redes deram um passo para a proteção da floresta. Um passo fundamental. Wal Mart, Carrefour e Pão de Açúcar vão trabalhar com auditoria de origem para a carne que oferecerem nas prateleiras de suas lojas. Recentemente, o Greepeace divulgou um estudo mostrando que os maiores frigoríficos do Brasil, que são sócios do BNDES e se financiam no banco público, compram de fazendas de áreas de desmatamento. A ONG fez o estudo da cadeia produtiva.

 

Na semana passada, entrevistei o presidente da Abras, Sussumu Honda, e ele me adiantou que as redes estavam levando a denuncia a sério e tomariam atitude. Tomaram. A nota que distribuiram diz o seguinte:

 

"Wal-Mart, Carrefour e Pão de Açúcar suspendem as compras de fazendas envolvidas no desmatamento da Amazônia e deverão trabalhar com auditoria de origem.

 

Em reunião realizada na Associação Brasileira de Supermercados (Abras), no dia 8 de junho, as três maiores redes de supermercados do país, Carrefour, Wal-Mart e Pão de Açúcar decidiram suspender as compras das fazendas envolvidas no desmatamento da Amazônia. A ação é um repúdio às práticas denunciadas pelo Greenpeace. O setor supermercadista, através da Abras não irá compactuar com as ações denunciadas e reagirá energicamente.

 

A posição definida pelas empresas inclui notificar os frigoríficos, suspender compras das fazendas denunciadas pelo Ministério Público do Estado do Pará e exigir dos frigoríficos as Guias de Trânsito Animal anexadas às Notas Fiscais. Como medida adicional, as três redes solicitarão, ainda, um plano de auditoria independente e de reconhecimento internacional que assegure que os produtos que comercializam não são procedentes de áreas de devastação da Amazônia.

 

Trata-se de uma resposta conjunta setorial ao relatório publicado pelo Greenpeace no início deste mês e consequente ação civil pública do Ministério Público Federal do Pará, que encaminhou recomendação às grandes redes de supermercados e outros 72 compradores de produtos bovinos para que deixem de comprar carne proveniente da destruição da floresta."

 

Veículo: O Globo - Rio de Janeiro


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