O presidente da associação, Sussumu Honda, defendeu o setor.
Os problemas climáticos nas regiões Sul e Norte e o valor da embalagem do leite longa vida são os responsáveis pelo aumento do preço do leite ao consumidor, segundo o setor varejista. Em audiência realizada na terça (11) na Câmara dos Deputados, os supermercados foram apontados pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) como culpados pela alta no preço do produto.
O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, defendeu o setor. Ele afirmou que os supermercados "não ganham dinheiro com a venda de produtos lácteos" e que o lucro do varejo com a venda de derivados do leite não superou a média de 15%. Honda pôs à disposição dos deputados as tabelas dos preços de compra e posterior repasse do produto para comprovar que o setor não é o responsável pela alta do leite.
"Tradicionalmente, o preço do leite sobe no primeiro semestre e cai no segundo. Agora, existe uma série de fatores, uma conjuntura específica, que levou a essa situação do leite subir abruptamente. Tivemos seca no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e enchentes em todo Norte, praticamente. Isso acabou impactando a produção e também o preço", disse o dirigente à Agência Brasil.
Para diminuir o impacto do preço das embalagens no valor total do leite, Honda sugeriu que o país invista em novas tecnologias de empacotamento em sacolas de plástico. "Tivemos a informação do preço da embalagem (longa vida), que custa R$ 0,38. A embalagem é um fator preponderante na proteção do leite até para que ele possa durar seis meses. É uma embalagem especial que, quando comparada ao valor agregado do produto, fica muito cara
Veículo: Portal DBO