Consultoria acredita que o evento mundial de futebol alavancará as vendas de diversos setores
Móveis, eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos e utilidades domésticas devem ser os itens mais vendidos até dezembro, alavancados pela Copa do Mundo. O evento esportivo costuma levar os brasileiros a gastarem mais – principalmente sob o efeito das promoções. Além disso, as vendas online serão fortalecidas, com o uso intenso de canais e plataformas digitais, e os consumidores estão em busca de promoções e facilidades para comprar.
Essa é a avaliação da KPMG, conduzida a partir de dados de mercado, setor e comportamento dos consumidores. “A Black Friday estimula a compra por impulso e, neste ano, será potencializada pela Copa do Mundo fora do seu período tradicional de realização. Os meios digitais serão os protagonistas, com consumidores buscando oportunidades que possam ser entregues no curtíssimo prazo, assim os produtos, principalmente eletrônicos, podem ser utilizados ainda durante a Copa”, afirma Fernando Gambôa, sócio-líder de Consumo e Varejo da KPMG no Brasil e na América do Sul.
A análise está alinhada com pesquisa realizada pelo Mercado Livre com o Mercado Pago e o Mercado Ads, que concluiu que a maioria (80%) dos respondentes farão compras no período, crescimento de 10% na comparação com o ano anterior.
Copa nos Supermercados
Apesar da preferência do público em adquirir itens pessoais, é provável que os consumidores aproveite Black Friday para rechear os armários. A tendência é potencializada pela empolgação com a Copa e leve os clientes a incluir mais alimentos e bebidas em suas compras.
“Para este ano, esperamos reforçar a atratividade em itens alimentares como uma maneira de potencializar o poder de compra que foi impactado recentemente pela alta na inflação dos alimentos, assim como ocorreu no ano passado. Esta foi uma maneira que o consumidor encontrou para aumentar seu poder de compra e ao mesmo tempo, fazer render seu dinheiro no final de ano, como um método de manter seu poder aquisitivo”, pondera Daniel Milagres, Diretor de Marketing do Grupo Carrefour.
”Estamos apostando pesado nas vendas durante a Copa, especialmente de itens alimentares. Queremos facilitar o abastecimento de lares e negócios. E este também será o momento ideal para já preparar a casa para o Natal e fim de ano”, afirma o vice-presidente do grupo Supernosso, Rodolfo Nejm.
Torcedores ávidos por consumo
O estudo da Conversion analisou a que 91% dos entrevistados fará compras durante a realização da Copa. Destes, 70% estão propensos a comprar algum artigo relacionado ao evento. Entre os itens mais procurados estão acessórios de moda, como camisas (57%), material esportivo, bolas e luvas (41%), e eletrônicos, com destaque para televisores (28%), smartphones (27%) e calçados, como chuteiras, (23%).
“Sem dúvidas, o cenário que se apresenta, considerando fatores geoeconômicos, Copa do Mundo no final do ano irão impactar o segmento de bens de consumo significativamente. Sendo assim, as ações conjugadas de marketing e vendas, associadas à Copa do Mundo, poderão potencializar ainda mais esse crescimento em vendas”, afirma Aldo Macri, sócio-diretor líder do segmento de Bens de Consumo da KPMG no Brasil.
A KPMG destaca ainda que há sinais de retomada da economia, recuperação de empregos e relativa deflação com a redução dos preços de combustíveis. O cenário até o fim deste ano, com diversas datas festivas e eventos relevantes, maior confiança e retomada de atividades em casa e fora do lar, também devem contribuir para o crescimento do setor de Consumo e Varejo durante a Copa do Mundo.
Redação SuperHiper