Rede francesa diminuiu ritmo das negociações e passou a focar na recuperação na Europa
A rede americana Walmart diminuiu os esforços para adquirir os ativos do Carrefour na América Latina, uma vez que a varejista francesa está mais interessada em melhorar seus negócios na Europa, disse à Bloomberg pessoas familiarizadas com o assunto. O Walmart tem pressionado o Carrefour a vender as lojas na Colômbia e no Brasil, segundo pessoas que acompanham as negociações.
A operação brasileira do Carrefour vale entre ¤ 5 bilhões e ¤ 7 bilhões, segundo estimativas da consultoria inglesa Execution Noble. Estes ativos também foram o alvo da disputa entre o empresário Abilio Diniz e seus sócios franceses do Casino, concorrentes da empresa na Europa. Casino acusa Diniz de ter negociado a compra da rede na América Latina, sem o consentimento da companhia.
O Walmart está buscando lojas fora dos Estados Unidos, onde o ritmo de crescimento nas vendas é 10 vezes o do mercado local. Doug McMillon, diretor de negócios internacionais da Walmart, disse no mês passado que a varejista está aberta a compras no Japão e na América Latina, e sinalizou que a Colômbia poderia ser um possível local de expansão. “O Walmart está percebendo que a melhor estratégia é comprar alguma coisa ao invés de abrir unidades novas”, disse Bryan Gildenberg, analista de varejo Kantar. “A Colômbia é um mercado crescente e Walmart não está lá.”
O Carrefour e o Walmart têm mantido negociações públicas e secretas por mais de dois anos. mas é a gigante americana que tem iniciando muitas das conversas. Depois de algumas tratativas neste ano, o Carrefour abrandou o ritmo das negociações, já que lida com a deterioração das condições na Europa, disse um executivo. O Carrefour está cortando custos para melhorar seu desempenho na França, seu maior mercado, onde as vendas caíram 3,1% no primeiro trimestre.
Veículo: Brasil Econômico