Às vésperas de ter seu controle transferido para o Casino, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) terá que administrar um conflito com Lily Safra, ex-controladora da rede varejista Ponto Frio que vendeu a companhia para o Pão de Açúcar em 2009.
Na noite de ontem, o Pão de Açúcar informou que recebeu notificação da Câmara de Comécio Internacional (CCI) sobre um pedido de instalação de arbitragem por parte da Morzan Empreendimentos e Participações - veículo de investimentos criado por Lily Safra para a venda da varejista eletrônica.
Segundo fato relevante arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a arbitragem envolve a compra de 86,9 milhões de ações, representantes de 70,2% da Globex - holding de capital aberto que, à época abrigava o Ponto Frio - por parte da Mandala Empreendimentos, subsidiária do Grupo Pão de Açúcar, em 8 de junho de 2009.
O Pão de Açúcar não informou detalhes sobre o motivo que levou a Morzan a entrar com a arbitragem, alegando que os termos do acordo firmado naquela época são confidenciais.
No comunicado, a varejista afirma que o pedido apresentado pela Morzan é "improcedente" e que o contrato foi cumprido de forma integral. A partir do dia 22 de junho, o sócio francês Casino passa a controlar o Grupo Pão de Açúcar.
Veículo: Valor Econômico